Departamento de Física
Física Aplicada - Ramo Óptica

O futuro com bons olhos

A Universidade da Beira Interior e a Universidade do Minho são as únicas instituições de Ensino Superior que leccionam o curso de Física Aplicada - ramo de Óptica em Portugal. Uma área em crescimento que aposta na formação de profissionais competentes.

 Por Susana Proença

Estruturas de apoio

Entre as estruturas de apoio ao ensino destacam-se :

Laboratório de Física Geral e Experimental
Laboratório de Mecânica
Laboratório de Termodinâmica
Laboratório de Electromagnetismo
Laboratório de Óptica
Laboratórios de Física Atómica e de Física Nuclear
Laboratório de Electrónica
Laboratório de Sistemas Digitais
Micro-Ensino (filmagem e visionamento de aulas teóricas e práticas em estúdio de televisão)
Salas dos Sistemas Informáticos da Física - (S.I.F.)
Centro de Óptica
Centro de Informática (com acesso à Internet - telnet, correio electrónico e www)

Estrutura curricular
Duração normal do curso: 5 anos lectivos

- Área científica do curso:

Física Aplicada - Óptica e Optometria

- Nº. total de unidades de crédito necessárias à concessão do grau: 165.5

 

- Áreas científicas e distribuição das unidades de crédito:

- Áreas científicas obrigatórias:

a) Física - 35,5
b) Óptica - 42,0
c) Matemática - Informática - 31,5
d) Biofísica - 17,0
d) Química - 11,0
d) Economia e Gestão - 6,5

- Seminário e Estágio:

Créditos: 7,0

O curso de Física Aplicada - ramo Óptica existe desde 1989, tendo sido reestruturado em 1997. Tem como principal objectivo a formação de profissionais no domínio da óptica, capazes de intervir em duas áreas complementares: uma voltada para a idealização, concepção e montagem de sistemas ópticos e outra para a medição da capacidade visual por processos ópticos não médicos. Não tão específica como a oftalmologia, pretende apenas dar uma maior credibilidade ao sector da óptica e da saúde pública, essencialmente na visão.
Os alunos podem optar por duas vertentes pois além de terem formação médica para identificação de patologias têm também uma aprofundada formação em óptica e em instrumentação. Segundo Paulo Fiadeiro, director da licenciatura "este é um curso muito prático e tem uma formação pedagógica complementar na área da saúde. O aluno vai trabalhar com a vista humana e por isso tem que saber identificar patologias". A partir do momento em que seja identificada uma patologia o aluno de física aplicada - optometria, tem capacidade de reencaminhar o cliente para quem possa corrigir essas patologias, o oftalmologista. As disciplinas do foro médico tornam-se por isso indispensáveis, apesar de não existir qualquer tipo intervenção ao nível da terapia.
Para uma boa preparação prática os alunos dispõem de laboratórios bem equipados na área da física. Além de laboratórios didácticos e de investigação onde fazem os seus trabalhos práticos, tanto na área da optometria como na área da óptica, dispõem ainda de um Centro de Informática.

"A universidade não faz sentido sem investigação"

Os docentes adquirem um conjunto de conhecimentos, durante a licenciatura, que lhes permite abrir portas para a investigação, uma área fundamental nas universidades. Existe uma forte aposta e dos 34 docentes, 17 encontram-se em Doutoramento ou Mestrado ligados a projectos de investigação na área da visão. Em Setembro deste ano a UBI terá o primeiro doutorado do País no ramo de optometria.
Em termos de investigação existem três áreas: uma aplicada à visão e optometria, ou às ciências da visão, uma na área da óptica pura, óptica física, e na área da holografia.
Na opinião do presidente do Núcleo de Estudantes de Física Aplicada Optometria (NEFAO) a licenciatura sofreu algumas alterações, mas apresenta muitos melhoramentos. Faz-se um trabalho muito mais objectivo. Os alunos no último ano têm uma disciplina de seminário e alguns acabam por ser envolvidos nos trabalhos de investigação em curso.

Pleno mercado de emprego

Aqueles que escolhem esta formação têm pelo menos uma certeza: o mercado de emprego absorve todos os licenciados nesta área. Como afirma Paulo Fiadeiro "temos tido sempre mais ofertas de locais de estágio do que alunos para estagiar". Todos os licenciados começam logo a trabalhar. Há um constante pedido de licenciados, isto porque é bem patente o interesse por parte das empresas em renovar os quadros e introduzir especialistas desta área. Segundo o presidente do NEFAO "áreas em que há uma aposta forte a nível do mercado de trabalho são sempre boas saídas e no caso de optometria é uma boa saída, há trabalho".
Paralelamente à formação de profissionais para o mercado, existe também a preocupação de formar pessoas que garantam a estabilidade do corpo docente, de forma a existir uma continuidade nesta universidade. "Alguns alunos vão trabalhar outros ficam cá, e temos docentes do departamento que foram alunos deste curso e que optaram pela carreira académica", afirma Paulo Fiadeiro. Este ano foi introduzido uma nova variante na área de optoelectrónica. Foi assinado um protocolo com o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INETI) que irá receber três alunos por ano para estágios profissionais. Apesar de se notar alguma relutância no ingresso de um curso que começa pela palavra Física, as vagas têm sido sempre preenchidas, mostrando um crescente interesse nesta área.
Para os interessados as condições de acesso são provas específicas de matemática e biologia ou física ou química.

 

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