Departamento de Química
Química Industrial

Nova esperança para a luta contra o cancro

Com importante incidência na investigação laboratorial, a licenciatura em Química Industrial propõem aos alunos finalistas o desenvolvimento de uma investigação séria e actual que os prepara para o mercado de trabalho. Um novo processo para a cura do cancro é uma delas.

 Por Marisa Miranda

Estruturas de apoio

- Biblioteca departamental
- Centro de informática (aberto 24 horas): Workstation de multiprocessamento; Sala de terminais e PC´s; Redes (internas e externas)
- Laboratório de micro-ensino (filmagem e visionamento de aulas práticas em estúdio televisivo).
- Acesso permanente à internet (com correio electrónico, telnet e www.).

Estrutura curricular

Duração normal do curso: 5 anos lectivos

- Área científica do curso:

Química

 

- Nº. total de unidades de crédito necessárias à concessão do grau: 158,5

- Áreas científicas e distribuição das unidades de crédito:

- Áreas científicas obrigatórias:

a) Química - 75,5
b) Matemática e Informática - 28,0
c) Física e Electrónica - 22,5
e) Economia e Gestão - 6,5

- Áreas científicas optativas:

a) Química - 4,0

- Projecto:

Créditos: 22,0

A licenciatura de Química Industrial da UBI investe fortemente na investigação. Alguns passos têm sido dados pelos próprios alunos envolvidos nos projectos finais de licenciatura.
Adelaide Salvador, é uma das alunas de Química Industrial nessa situação. Sob a orientação do professor Paulo Almeida, está a desenvolver um projecto que consiste em sintetizar moléculas com determinadas propriedades, para serem utilizadas no tratamento do cancro.
A possibilidade de fazer investigação é um dos factores mais atractivos desta licenciatura. No último ano curricular, na disciplina de Projecto os alunos têm a possibilidade de pôr em prática tudo aquilo que teoricamente aprenderam nos anos anteriores.
O projecto de Adelaide Salvador é um entre muitos que 'aguçam' o interesse dos alunos em final de curso. Este projecto nasceu há dois anos atrás, tem sido desenvolvido por várias pessoas e já existe uma tese de mestrado sobre esta temática feita por Susana Ramos. Este projecto propõe um tratamento do tecido cancerígeno através da radiação por laser das cianinas, em interacção com o oxigénio. Talvez já no próximo ano se possam testar essas moléculas em células cancerígenas.
Ao contrário da quimioterapia e da radioterapia, que destroem tanto as células saudáveis como as células doentes, este novo tratamento é localizado e apenas destrói o tecido cancerígeno. É um processo fácil, eficaz e de baixo custo. Mas esta nova terapia é só aplicável em cancros que estão na sua fase inicial.
Este projecto está a ser desenvolvido na UBI em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e com o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa. No próximo ano, também o curso de Medicina se poderá juntar a este projecto.
Os finalistas podem desenvolver uma investigação actual e inovadora, de forma a prepararem-se para o mercado de trabalho. Há a preocupação por parte do Departamento de assegurar os estágios para os seus recém - licenciados No ano passado, dos 20 licenciados em Química Industrial, 17 fizeram estágios financiados pelo PRODEP de três a seis meses.

Nova licenciatura em Engenharia Química preocupa alunos

O futuro adivinha-se incerto para a licenciatura de Química Industrial. O Núcleo de estudantes de Química da UBI (UBIQUÍMICA) alertou o Departamento para os riscos que a licenciatura corria com a abertura do curso de Engenharia Química nesta instituição.
Pedro Nunes, presidente do UBIQUÍMICA teme que o curso de Química Industrial acabe por ser encerrado por falta de alunos. "Quando um aluno chega ao 12º ano e se vê confrontado com a escolha entre um curso de Química Industrial ou Engenharia Química é natural que o aluno escolha sempre a licenciatura de Engenharia Química", sublinhou.
O departamento de Química mostra-se preocupado com esta questão que aparece agravada com a diminuição da procura por parte dos novos alunos da licenciatura. No entanto, João Queiroz, presidente do Departamento, acredita na continuação do curso de Química Industrial. "Não me choca que a UBI e devido à sua localização tenha um curso de Química Industrial e um de Engenharia Química, até porque os objectivos são ligeiramente diferentes", acrescentou.
Por ser mais apelativo o novo curso de Engenharia Química pode prejudicar o número de alunos que anualmente preenchem as 45 vagas que são atribuídas à licenciatura de Química Industrial.
Para fazer frente a este possível problema, o Departamento está já a estudar uma reestruturação do curso que é considerada pertinente quer por alunos, quer por docentes. No entanto, João Queiroz pensa que este não é o momento ideal porque o curso está num processo de auto-avaliação.
A reestruturação da licenciatura poderá pôr fim ao crescente número de transferências requeridas por estes alunos. Quanto aos novos alunos João Queiroz avança que "o departamento terá de fazer mais alguma coisa".

 

Clique aqui para regressar à primeira página