ZERO 7 :simple things
                                     ULTIMATE DILEMMA:2001

 

 

 

 

Sam Hardaker e Henry Bins criaram grandes expectativas depois de dois EP's e de algumas remisturas para nomes como Lambchop, Radiohead, ou Lenny Kravitz. Apontada pela imprensa especializada como uma das grandes promessas do "movimento chill-out" em emergência no Reino Unido (a par dos Bent e Lemmon Jelly, por exemplo), a dupla Zero 7 confirma em "Simple Things" tudo e mais alguma coisa que nos últimos meses lhe foi apontado.
Mais do que um mero exercício de chill-out, os Zero 7 oferecem uma soul plena de futurismo, recheada de melodias que planam sobre apontamentos electrónicos e apontam directamente ao cérebro... e ao coração. "Simple Things" fala de amor, mostra amor e torna-se, rapidamente, num vício. Daqueles permanentes. Ou seja, coloca-se o disco no aparelho e, depois, o melhor mesmo é deixá-lo ficar durante uns dias. Talvez até umas semanas. É que a música da dupla inglesa, dominada por um baixo pulsante mas calmo, pelas guitarras discretas, as orquestrações dramáticas e por uma electrónica elegante e irrepreensível, não dá tréguas ao prazer auditivo. À vontade de ouvir e voltar a ouvir as vozes quentes que adornam metade dos temas, e as sonoridades soul-pop perfeitas da outra metade. Há discos indispensáveis, este é muito mais do que isso.

:SÉRGIO FELIZARDO