Por Rita Lopes
NC/Urbi et Orbi

A obra que vai desviar o trânsito à Serra do centro da cidade deverá arrancar no próximo ano

A localização do nó sul da variante à cidade com destino à Serra da Estrela, também conhecida por periférica da Covilhã, deve ficar decidida dentro de poucas semanas. A indefinição consta do estudo prévio da via que vai circundar a parte alta da cidade e que esteve em análise na reunião realizada na sexta feira, 11, em Almada, entre o presidente da autarquia, Carlos Pinto, e o presidente do Instituto de Estradas de Portugal (IEP). A nova estrada é uma antiga aspiração dos covilhanenses e é considerada uma via estruturante, que deverá vir a integrar a futura circular à cidade.
Cerca de três milhões de contos é a quanto ascende a obra, que vai nascer junto ao Parque Industrial do Canhoso (PIC), cruza os traçados do eixo Tortosendo-Covilhã-Teixoso (TCT) e linha de Caminho de Ferro até ao Ribeiro de Flandres. Depois, sobe para contornar a antiga fábrica dos Rosetas, o Bairro da Biquinha e entronca com a estrada para a Serra, na zona da floresta. Daí, passa para o outro lado da encosta, com a construção de um viaduto, e termina junto ao pólo I da Universidade da Beira Interior (UBI), na Ponte do Rato, ou imediações.
Ainda em fase de ante-projecto, Carlos Pinto garante o "empenhamento total da Câmara", para que o projecto termine no final de 2001 e os trabalhos avançem no início do próximo ano. Quatro faixas de rodagem ao longo de todo o traçado é o que o presidente pretende implementar na nova estrada que vai libertar do centro da cidade todo o trânsito dirigido à Serra da Estrela e à zona alta da Covilhã.
O projecto remonta a 1998, altura em que foi apresentado ao então secretário de Estado e aprovado pela extinta Junta Autónoma de Estradas (JAE). Contudo, em Janeiro de 2000, o IEP disse ao autarca covilhanense que desconhecia o processo. Situação que Pinto considera caricata, mas não impossível. "Há quase três anos que a estrada ficou na gaveta e só há um e meio, quando eu manifestei a minha surpresa pelo silêncio, é que foi adjudicada", sublinha o edil. "Temos dois anos perdidos, como em relação ao quartel da PSP e outras obras de iniciativa do Governo", conclui.