Estruturas
de apoio
O
curso é apoiado por uma forte componente
experimental traduzida por laboratórios
bem equipados, que vão desde a electrónica
básica e digital, às máquinas
eléctricas e electrónica de
potência, às telecomunicações
e informática, e ao projecto assistido
por computador, entre outros.
A Biblioteca e o Centro de Informática
(UBI e DEM) são outras estruturas de
suporte à licenciatura.
Estrutura
curricular
Duração
normal do curso: 5 anos lectivos
-
Áreas científicas do curso:
a)
Mecânica e Termodinâmica;
b) Informática, Automação
e Controlo;
c) Electrotecnia e Electrónica.
- Nº. total de unidades de crédito
necessárias à concessão
do grau: 175
-
Áreas científicas e distribuição
das unidades de crédito:
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Áreas científicas obrigatórias:
a)
Matemática - 21
b) Física e Química - 14
c) Electrotecnia e Electrónica -
42
d) Sistemas e Computadores - 48,5
e) Mecânica e Termodinâmica
- 14
f) Economia e Gestão - 6,5
-
Projecto:
Créditos:
11,5
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Integrada no Departamento de Engenharia Electromecânica,
a Licenciatura de Engenharia Electrotécnica foi
criada no ano lectivo de 1999-2000. Apesar de ser bastante
recente, dispõe de infra-estruturas que garantem
aos alunos o acesso a experiências de âmbito
científico e industrial. Assim, para além
dos 12 laboratórios existentes no Departamento,
existem quatro dirigidos especificamente a esta Licenciatura:
o Llaboratório de Controlo e Sistemas de Automação
(que inclui Robótica), o Laboratório de
Instrumentação e Medida, o Laboratório
de Máquinas e Motores Eléctricos (na área
de correntes de alta voltagem), e o Laboratório
de Electrotécnica.
Os futuros engenheiros electrotécnicos têm
também salas onde estão disponíveis
equipamentos ligados à micro-electrónica.
"Os alunos dão-se ao luxo de escolher
os estágios"
Felippe Souza, director da Licenciatura e docente da
UBI há uma década, não tem dúvidas:
"há uma carência acentuada de engenheiros
electrotécnicos no mercado".
De facto, os alunos deste Departamento começam
a ser contactados para ofertas de emprego, normalmente
de empresas multinacionais, a partir do 4º ano, ingressando
por vezes no mercado de trabalho antes de concluída
a Licenciatura.
Segundo Felippe Souza, não existem riscos de desemprego
nesta área: "os alunos dão-se ao luxo
de escolher os estágios", salienta. O docente
só lamenta que os jovens não conheçam
esta realidade. O que acontece é que os alunos
sentem-se desmotivados a ingressar nas Engenharias, dada
a elevada taxa de reprovação na matemática
e física.
Felippe Souza, alerta: "há uma crise nacional
no âmbito da matemática e da física,
sendo necessário recuperar a taxa de aprovação
dessas disciplinas no ensino secundário".
É de realçar que as saídas profissionais
da Engenharia Electrotécnica são vastas
e enquadram-se sobretudo em actividades ligadas à
produção de equipamentos industriais com
componentes eléctricos, de automação,
e complexos sistemas informáticos.
Projectos de Investigação na micro-electrónica
O corpo de docentes da Engenharia Electrotécnica,
tem vindo a desenvolver alguns projectos de investigação.
Conta já no seu "currículo", com
a colaboração no fabrico do automóvel
Maubere, que participou num circuito académico
em 2000 na "16ème Shell Éco-Marathon"
em França, onde arrecadou um prémio.
Contudo, é no âmbito da micro-electrónica
que se destacam alguns projectos de investigação.
O projecto de microprocessadores e software no qual Bruno
Ribeiro, aluno de mestrado, está integrado é
um dos exemplos. Este engenheiro tem vindo a desenvolver,
sob orientação do Prof. Francisco Cardoso,
um trabalho que pretende conceber um equipamento tecnológico,
suportado por uma arquitectura de computadores, onde há
um sistema de aquisição de informação
automática para a indústria. A complexidade
e rigor deste estudo, requer uma gestão matemática
do tempo real, onde "o cálculo de milisegundos
é fundamental no tempo instantâneo",
salienta Bruno Ribeiro.
"Plataforma Universal para Investigação
Industrial" é assim o título deste
projecto, que se for bem sucedido irá ser absorvido
por uma empresa especializada em produzir software de
gestão de empresas.
"Somos pioneiros na investigação
solar"
"Controlo automático do espectro do heliógrafo
do Observatório da Universidade de Coimbra "
é o título da tese de doutoramento de Francisco Colaço. O objectivo deste projecto de investigação,
é captar a máxima quantidade de energia
solar possível.
À semelhança do scanner de um computador,
este aluno de doutoramento, está a conceber a base
de um processador para uma câmara, onde através
de um dispositivo de aquisição electrónica,
conseguirá captar uma enorme quantidade de luz.
Segundo Francisco Colaço, o projecto irá
ser utilizado por um observatório astronómico,
pretendendo-se que tenha uma durabilidade de 40 anos.
"A vantagem do projecto, reside na sensibilidade
à luz, que funciona segundo um processo de acumulação.
Se imaginarmos um balde em que se vai acumular luz, que
é o que acontece no scanner, neste projecto o balde
é maior, permitindo uma maior captação
de luz."
Na prática, esta investigação irá
permitir melhorar sobretudo a rapidez do tratamento de
informação, em áreas tão divergentes
na indústria e serviços, como a calibração
de máquinas, ou a produção de documentos
uma vez que o seu processamento será mais rápido.
Para além destas aplicações, este
projecto, dará continuidade à investigação
científica na captação de imagens
fragmentadas do sol, numa área em que Portugal
se destaca: "somos pioneiros na Investigação
Solar", como realça Francisco Colaço.
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