Zorrinho assina protocolo com Bombeiros
Fogos Florestais: Governo quer mais prevenção

Por Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi

O colóquio "Fogos Florestais - Implicações económicas e mentais", organizado pelo NERCAB, alerta para a chegada eminente de mais uma época de incêndios. O secretário de Estado Carlos Zorrinho participou na iniciativa e assegura que a grande aposta do Governo é a prevenção

"O Governo está mais determinado em combater em investir na prevenção do que no combate aos incêndios florestais." Palavras do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, José Carlos Zorrinho, que na sexta-feira, 18, participou, em Castelo Branco, no colóquio "Fogos Florestais - Implicações económicas e mentais", promovido pelo NERCAB.
A ocasião foi aproveitada por Zorrinho para justificar a verba de oito milhões de contos que o Governo vai gastar este ano na prevenção e combate aos fogos. Uma área em que se destaca a construção de caminhos agrícolas e fontes de água; bem como a entrada em acção das brigadas florestais, encarregues de vigiar e sensibilizar as populações para a época que se avizinha. Segundo o secretário de Estado, "o programa comum assinado entre o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Agricultura "está em plena aplicação". E salienta: "Os recursos que temos e a dimensão do problema não permitem procurarmos ter qualquer competição, consciente ou inconsciente. Temos de ter capacidade para aplicar o dinheiro da melhor forma possível e não esquecer os programas complementares".

Experiência-piloto cria "comando de intervenção"

Preocupado com os incêndios de origem criminosa, Carlos Zorrinho não deixou, no entanto, de sublinhar que "existem outros motivos e que é importante encontrar meios de limpar as florestas e de evitar os comportamentos negligentes, como são os piqueniques, foguetes de festa e queimadas".
No final do colóquio, teve lugar a assinatura de um protocolo entre o Ministério, o Serviço Nacional de Bombeiros (SNB), os Bombeiros Voluntários de Castelo Branco e a Câmara Municipal.
O acordo vai permitir a execução de uma experiência-piloto a implantar a nível nacional. Trata-se da formação de um "comando de intervenção" permanente com sete bombeiros efectivos que vão realizar serviços de emergência de 40 horas semanais. Uma acção financiada pelo SNB (nove mil e 500 contos) e pela autarquia (mil e 500 contos), num contrato renovável no final de cada ano.