Por Helena Machado

Jordi Bertran manuseia com perícia uma das suas marionetas

O terceiro espectáculo criado pela companhia de Jordi Bertran, apresentou-se no passado dia 7 de Junho no Teatro Cine.
Pelo palco vão entrando figuras co
mo Edith Piaff, que interpreta a música "La vie en Rose" ; Charlie Chaplin, que recorda o filme "Ring" ou ainda Caronte, o barqueiro que leva as almas ao inferno e que tenta comprar as almas dos espectadores.
"Super Monstros" é o último espectáculo criado pela companhia de Jordi Bertran e teve a sua estreia em 1997.
Jordi Bertran iniciou a sua carreira como marionetista em 1977, quando passeava numa rua de Barcelona e assistiu a um espectáculo de marionetas. "A paixão foi imediata. Aquele espectáculo a que estava a assistir fascinou-me de tal forma que decidi, naquele instante, que era aquilo que queria fazer", explica Bertran. A companhia foi criada em 1988 "no início era só eu e um técnico de luz e som. Mas aos poucos foram entrando mais pessoas. A minha primeira peça intitulava-se "Antologia".
Todas as marionetas são criadas por este artista catalão. "As marionetas são a minha vida. Não passo 24 horas com elas, mas dedico-lhes 16 horas do meu tempo. Pratico em frente a um espelho e vou vendo como se movem e a acção que dão num determinado momento. Tenho um atelier em Barcelona, onde as criou e reparo", conclui. Bertran continuará em Portugal com a sua companhia. Os próximos espectáculos serão "Poemas Visuais", apresentados em Évora e Ovar pela sua companhia, enquanto que Bertran levará a Lisboa, Vila do Conde e Ovar o espectáculo "Super Monstros", onde fará, também, uma workshop dedicada a este forma artística.