Clube de Montanhismo com nova sede antes do final do ano
"Finalmente é feita justiça"

Por Viviana Vieira

O presidente do Clube Nacional de Montanhismo, José António Pinho, revelou que a Câmara Municipal vai atribuir uma nova sede nova à histórica instituição. O edifício deverá estar concluído até ao final do ano, dando vida a um sonho antigo dos sócios.

O Clube Nacional de Montanhismo da Covilhã (CNMC), uma das colectividades mais antigas e prestigiadas da cidade, vai ter uma sede própria. A nova casa do 'Montanhismo' irá ser construída na Rua Portas do Sol, na zona histórica da Covilhã. O investimento será comparticipado pela Câmara Municipal que também está a executar o projecto, revelou esta semana ao Urbi et Orbi o presidente do CNMC, José António Pinho.
A autarquia e o Clube vão celebrar, "provavelmente no final deste mês", o protocolo que formaliza a empreitada de construção da sede social. A sessão vai ter lugar nas instalações do Parque de Campismo das Penhas da Saúde, propriedade do clube e, na mesma altura, deverá ser apresentado o projecto. O edifício será construído de raiz, numa área global de cerca de 280 metros quadrados e disporá de dois pisos. O primeiro destina-se a zona de recepção e salão de jogos e o segundo inclui, além da sala de direcção e dos serviços administrativos, uma área de convívio com bar.
Os custos do empreendimento "ainda não foram estimados" mas segundo o dirigente, os encargos serão totalmente suportados pela Câmara Municipal. Deste modo "está a ser feita justiça ao 'Montanhismo' que tinha perdido a sua sede social devido a um acto de solidariedade com outra colectividade", sublinhou.

Aluguer da sede com custos incomportáveis

José António Pinto recordou um dos "momentos mais negros" da história da instituição. Aconteceu por volta de 1986/87, quando o clube foi forçado a abandonar o edifício onde funcionava, na Rua Rui Faleiro, devido a uma acção de despejo accionada pelo senhorio que se baseou no facto de o CNMC ter cedido temporariamente, a pedido da Câmara Municipal de então, parte dessas instalações ao Covilhã e Benfica a quem ardera a sua casa. "Era uma excelente sede, com óptimas condições, situada em pleno centro da cidade e que nos custava 12 contos por mês. Perdemo-la porque fomos solidários com outro clube da cidade que, infelizmente, tinha ficado sem nada num incêndio".
A partir daí o 'Montanhismo' andou quase sempre com a 'casa às costas'. Mais recentemente o clube tinha arrendado umas instalações na Rua Rui Faleiro, perto da antiga sede. Mas os custos, 120 contos mensais, "eram incomportáveis". Actualmente, e de forma temporária, funciona numa sala cedida pela autarquia, na Central de Camionagem. "A verdade é que o este era dos clubes com mais sócios, cerca de três mil, e, nestes últimos dez anos, perdeu nada menos que mil e 800". Segundo António Pinho esta é uma situação que considera "nada condigna" com o passado a as tradições do CNMC no forte movimento associativo da cidade e do concelho. Com a sede nova, que se prevê possa ser entregue ainda antes do final do ano, porque se trata de uma "obra rápida, que poderá estar construída dentro de quatro a cinco meses", concretiza-se um velho e justo sonho do 'Montanhismo'.