<Ordem reconhece engenheiro aeronáutico
da UBI>
Exmos Srs,
Sendo a minha pessoa visada num
artigo intitulado, "Ordem reconhece engenheiro aeronáutico
da UBI" pelo V/ jornal, venho por este meio informar
que o rigor e veracidade do conteúdo da mesma no
seu todo, como é natural, corre por exclusiva conta
e risco da V/ publicação.
Sendo objectivamente falsa, nomeadamente, a alegação:
"Ricardo Duarte trabalha actualmente nas Oficinas Gerais
de Material Aeronáutico (OGMA - Indústria
Aeronáutica de Portugal)".
Acrescento ainda que não é minha pretensão,
que conteúdos relativos a assuntos de teor pessoal,
sejam difundidos publicamente sem que tenha primeiro uma
palavra a dizer.
Respeitosamente,
Ricardo Duarte.
Resposta
da Direcção do Urbi et Orbi:
Exmº Sr. Engº Ricardo Duarte,
O Sr. Engº foi mencionado
num artigo do Urbi a propósito do reconhecimento
pela Ordem dos Engenheiros da licenciatura que concluiu
na UBI, Engenharia Aeronáutica, um facto pelo qual
este jornal muito se congratula, aproveitando para lhe
expressar as mais sinceras felicitações.
As informações contidas no texto foram fornecidas
pelo Professor Jorge Barata, presidente do Conselho Directivo
e da Secção Científica da UCP de
Engenharias, que tomou a iniciativa de abordar o jornal
para a sua divulgação, e foram incluídas
nessa edição do jornal por serem de manifesto
interesse público.
Mais, queríamos esclarecê-lo que o texto
em questão não pretende "visá-lo"
a si pessoalmente, mas teria sido identicamente produzido
se, por hipótese, um outro colega seu fosse o primeiro
licenciado em Engenharia Aeronáutica a ser acreditado
pela Ordem. E esta é a razão - tratávamos
de um assunto de interesse geral, com uma fonte habilitada,
não de uma "fulanização"
- pela qual o Engº Ricardo Duarte não foi
contactado pelo nosso jornal. Como
é por demais evidente, não pretendíamos
com o texto "visá-lo" ou produzir-lhe
qualquer espécie de incómodo, apenas, entre
outras coisas, fazer com que a Academia se regozijasse
com este seu sucesso profissional.
Por qualquer inconveniente que o texto lhe possa ter trazido,
embora o Sr. Engº não mencione quais, pedimos
desculpa. O tema da notícia foi pelo jornal considerado
de interesse público pela simples razão
de, como deve ter conhecimento, escassearem neste momento
no País as vocações para as engenharias
entre os jovens, facto que se vem traduzindo no não
preenchimento de vagas em cursos deste género nos
últimos anos. Ora Portugal na última década
despendeu um grande esforço na oferta de cursos,
formação de docentes e apetrechamento de
escolas de engenharia, esforço do qual o Engº
Ricardo Duarte também foi beneficiário ao
concluir a sua licenciatura na UBI. É preocupação
do Ministério da tutela, e nossa, esta "falta
de vocações", de que o País
se poderá duramente ressentir no futuro pela escassez
deste tipo de profissionais - um pouco como sucede hoje
na Saúde. Como as razões de tal fenómeno
são, também, culturais, a divulgação
da grande oferta de empregos na área (caso de têxtil),
ou de histórias de sucesso, caso da sua, é
também, na nossa perspectiva, uma forma de contribuir
para a resolução do problema.
Reiteramos que não pretendíamos nem "visá-lo",
nem produzir-lhe qualquer incómodo. Apenas dar-lhe
os parabéns.
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