António Fidalgo

Retrospectiva do ano lectivo

O ano lectivo de 2000/2001 foi, no geral, um ano de oiro para a UBI. Realço três aspectos muito positivos e que em termos de desenvolvimento da universidade são marcantes para o futuro: o prosseguimento bem sucedido da criação da Faculdade de Ciências da Saúde, a entrada em funcionamento da Faculdade de Artes e Letras e o número significativo de doutoramentos havidos na instituição.
Com a criação do curso de Medicina pelo Senado e a abertura de 60 vagas pelo Ministério da Educação para o próximo ano lectivo a deliberação governamental de 1998 de abrir no interior do país uma faculdade de ciências da saúde foi levada à prática. Passados três anos, o que muitos consideravam impossível - um curso de medicina na UBI - é uma realidade. A determinação e o trabalho árduo de alguns, de que se destaca o reitor Manuel Santos Silva, foram mais fortes que a descrença e a omissão de muitos.
A Faculdade de Artes e Letras entrou em funcionamento sem quaisquer sobressaltos. Com dois departamentos, o de Letras e o de Comunicação e Artes, a nova Faculdade integrou-se harmoniosamente nos órgãos colectivos da universidade. Ministrou quatro cursos de licenciatura e dois de mestrado, e tão bem o fez que para o ano terá sete cursos de licenciatura. Aos cursos de Ciências da Comunicação, Língua e Cultura Portuguesas, e aos dois cursos de Design, Multimédia e Têxtil, juntam-se em Outubro os cursos de Filosofia, Português/Espanhol e Português/Inglês.
Com as duas novas faculdades a UBI ganha um novo estatuto face às outras universidades portuguesas, nomeadamente às da periferia, UTAD, Évora e Algarve. Para o dizer em termos simples, a UBI ganhou músculo, massa crítica.
Por fim registe-se o considerável, e a todos os títulos gratificante e estimulante, número de doutoramentos havidos na parte final do ano lectivo. Cerca de dez novos doutores, de áreas tão diversas como Engenharia Civil, Física, Mecânica, Ciências da Comunicação, Gestão, Economia, vieram solidificar o corpo docente.
Olhando para trás, vê-se que muito se andou e que o andamento foi feito na direcção certa. Assim, a tarefa futura é fácil de delinear: melhorar o que se tem vindo a fazer.