Falta de respeito
Caros director
e leitores do Urbi:
Aproveito este espaço para deixar o meu apontamento
sobre uma situação (entre muitas outras)
que me aconteceu na semana passada... a mim, e a muitos
colegas da minha turma. Quatro dias despois de terem começado
as matrículas para todos os alunos da Universidade
da Beira Interior, desloquei-me da minha cidade, Leiria,
até à Covilhã para poder proceder
à minha iscrição no quarto ano do
Curso de Ciências da Comunicação.
Repito, quatro dias depois do início das matrículas,
mais de dois meses depois do términus das aulas,
e cerca de um mês depois do fim dos exames.
Quando me dirigi à secretaria para levantar o meu
impresso de matrícula, a senhora responde-me que
não mo podia dar por ainda não terem sido
lançadas as notas da cadeira de Relações
Públicas. As pautas haviam chegado um dia antes,
ou seja na quarta-feira. Voltei a perguntar se não
me podia matricular, visto ter feito mais de 250 quilómetros
para nada. A senhora, atenciosa ( e não há
lá muitas), pediu-me desculpa e disse-me: «ralhe
com o professor!». Vontade não me faltava...
É simplesmente uma grandessíssima falta
de respeito pelos alunos. Ninguém nos paga o prejuízo,
mas nós, se faltarmos um dia no pagamento seja
do que fôr pagamos multa! Assim vai o nosso ensino,
e acreditem que isto não é nada, comparado
com muitas outras situações...
A moral de toda esta estória é que todos
quantos tentaram matricular-se na primeira semana, vão
ter que o fazer na segunda, e «entupir» ainda
mais os já de si atrofiados serviços académicos.
Porquê? Porque o professor não conseguiu
enviar as pautas em dois meses, para o caso de quem, como
eu, nem sequer fez exames de recurso...
Obrigado pela atenção
Anselmo Crespo
Ao ler a entrevista ao reitor
da UBI tirei duas conclusões:
É escanbdaloso que o ME ainda não tenha
transferido para a UBI as verbas destinadas às
Ciências da Saúde. Só neste país...
Recordei o passado, quando frequentava a UBI, e via a
UTAD, a UM e outras a dar passos de gigante em números
de alunos e cursos. Hoje, vejo que a política da
UBI estava correcta. Enquanto algumas universidades fazem
contas e estão em situação de falência,
parece-me que a UBI goza de alguma saúde financeira.
É com muito agrado que assisto à sua afirmação
no mundo universitário português. Sempre
acreditei neste grande e difícil projecto. Hoje,
digo ainda com mais certeza: as crianças de hoje
e jovens de amanhã vão querer ir para a
UBI.
Cumprimentos
João Campos
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