Numa partida de toada morna, os covilhanenses foram mais fortes que os homens de Soure

Ficha do Jogo

Estádio Municipal José dos Santos Pinto
(2-9-2001)

Árbitro: João Roque
Auxiliares: Luís Carrilho e Paulo Paiva

Sp. Covilhã - 3
Celso; Rui Morais (Capelas, 45 m), Piguita, João Carlos e Marco Abreu; Túbia (Hélder Gomes, 67 m), Trindade e Chalana; Riça, José Carlos e Sousa (Filipe Avelar, 85 m).
Treinador: João Cavaleiro

Sourense - 1
João Carlos; Gonçalo, Seiça, Rui Costa, Ricardo Costa e Namora; Cocas (Paulo Mendes, 60 m), Sá (Ventura, 87 m) e Rafael; Cação e Marco (Renato, 65 m).
Treinador: Santos Silva

Ao intervalo: 1-1

Marcadores: Riça (2 m e 50 m), Namora (41 m) e Túbia (60 m)

Disciplina: Cartão amarelo a Chalana (16 m) e Capelas (40 m)

Melhor em campo
Riça

O avançado contratado durante o último defeso ao Moreirense é, para já, a grande revelação deste plantel. Depois de já ter marcado em quase todos os jogos de pré época, Riça estreou-se a facturar em competições oficiais à segunda jornada. Marcou dois golos e assistiu Túbia para o terceiro do Covilhã. De livre não marcou, mas de cada vez que correu para a bola obrigou a barreira e o guardião João Carlos a atenção redobrada.
Destaque ainda para Chalana, que correu quilómetros durante os 90 minutos, e para Sousa que, apesar de se ter juntado ao plantel na fase final da pré-temporada, merece já a confiança de João Cavaleiro.

II Divisão B- Alcains goleado em casa
Serranos vencem jogo morno

Frente ao modesto Sourense o Covilhã não facilita e vence por 3-1. Benfica de Castelo Branco empata em Viseu e não descola da frente. A jogar em casa, o Alcains foi goleado pelo Feirense.

Por Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi


Depois do empate na jornada inaugural frente ao Fátima (1-1), a turma de João Cavaleiro tinha sobre si a pressão de vencer, sob pena de poder descolar-se dos lugares cimeiros nesta primeira fase do campeonato. Os serranos receberam a modesta formação do Sourense e não comprometeram.
A história do desafio começou a escrever-se com um golo. Ainda não estavam completos dois minutos e já as redes à guarda de João Carlos se agitavam. Na sequência de um pontapé de canto do lado direito, a bola sobra para Riça que, de cabeça, não dá hipóteses ao guardião sourense. A equipa visitante não baixa os braços e parte para a ofensiva. Aos 10 minutos é Celso que impede a igualdade no marcador ao saír aos pés do isolado Cação, depois de uma falha colectiva da defesa verde-e-branca.
O jogo torna-se, então, algo atabalhoado de parte a parte. O Sourense remetia-se ao seu meio-campo e o conjunto leonino não encontrava soluções para entrar na área contrária. Só de bola parada o Covilhã conseguia ameaçar a baliza Sourense, mas João Carlos mostra-se sempre atento. À meia-hora de jogo, o número um da formação visitante faz a defesa da tarde ao desviar para canto, de forma acrobática, um remate de Sousa à queima-roupa já dentro da pequena área. Aos poucos, o Covilhã recupera o controlo total do jogo e começa a desmontar o esquema defensivo dos forasteiros que aproveitam o balanceamento ofensivo da turma serrana para lançar rápidos contra-ataques. E é sem grande surpresa que, aos 41 minutos, a equipa de Santos Silva chega ao empate. Namora aproveita da melhor maneira um lance copnfuso dentro da área covilhanense, onde guarda-redes e centrais se atrapalham mutuamente, e atira para o fundo da baliza.
Ainda antes do intervalo, os covilhanenses poderiam ter desiquilibrado novamente o marcador. Primeiro é o central João Carlos que falha o desvio após um livre do lado direito. Depois, é Riça que, sob pressão de um defesa, remata por cima com o guarda-redes já batido.

Riça decisivo

A segunda parte começa do mesmo modo que a primeira: com um golo de Riça. Chalana recupera uma bola no meio-campo, e lança o goleador que, só com João Carlos pela frente não desperdiça. O conjunto da casa beneficia então de um momento de total desacerto dos sourenses e o terceiro tento dos serranos não se faz esperar. Depois de uma boa combinação entre Marco Abreu e Riça, a bola "cai" nos pés de Túbia que remata cruzado para o 3-1.
Até final da partida é o Covilhã a equipa mais perigosa. Em jogo corrido ou de bola parada, foram os serranos quem mais perto esteve de voltar a marcar. Mas quando os remates não saiam por cima ou ao lado, era João Carlos (apesar dos três golos sofridos foi o melhor sourense em campo) que negava o golo aos pupilos de Cavaleiro.
O resultado final não sofre contestação. O Covilhã conseguiu uma vantagem confortável, mas não conseguiu esconder algum nervosismo patente durante os 90 minutos. Na próxima jornada os "Leões da Serra" viajam até Coimbra para defrontar o União local. Uma deslocação de má memória para os covilhanenses: na última época, ainda sob comando técnico de Henrique Nunes, os serranos empataram a uma bola no Municipal de Coimbra na 36ª jornada e comprometeram definitivamente a subida à II Liga
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