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                       Poluição e ruído 
                        junto à Ponte Pedrinha 
                         Moradores reclamam qualidade 
                        de vida perdida 
                         
                      
                      
                         
                             
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                             Por Ana Maria 
                              Fonseca  
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                        Os moradores queixam-se de ruído pó e poluição 
                        alegando "uma situação insustentável", 
                        mas o empresário garante que a empresa cumpre todos 
                        os requisitos legais requeridos à actividade. 
                         
                       
                      Os moradores 
                        do bairro junto à Ponte Pedrinha queixam-se de 
                        perda de qualidade de vida provocada pelo constante ruído 
                        e pó "causado pela Vigoprel", alegam. 
                        A empresa que mudou à pouco de actividade, tem 
                        já a funcionar uma unidade de produção 
                        de betão e está prestes a instalar outra 
                        de betuminoso. Rui Ramos, proprietário da empresa, 
                        garante que a empresa "não representa para 
                        ninguém uma ameaça ou um perigo, nem constitui 
                        qualquer prejuízo para quem ali esteja a viver". 
                        Mas a população garante que se a situação 
                        continuar terão de sair.  
                        Queixam-se de ruído provocado pela constante passagem 
                        de camiões e pelas obras que "duram das 4h00 
                        à meia noite". O pó resultante da fábrica 
                        provoca também bastante incómodo à 
                        população que diz já não poder 
                        aproveitar os produtos agrícolas produzidos naquela 
                        área. "A fábrica ergue-se a 20 e 30 
                        metros das casas e a 100 metros do leito do rio Zêzere", 
                        contam. Os moradores dizem já não conseguir 
                        viver ali. "Os trabalhos decorrem das 4 da madrugada 
                        até às 0h00 e nós não aguentamos". 
                         
                        A delegação de moradores já apresentou 
                        uma queixa sobre a qual não obtiveram resultados. 
                        Garantem não desistir, uma vez que o que está 
                        em jogo é a sua qualidade de vida e prometem avançar 
                        com uma providência cautelar, caso essa seja a única 
                        saída. 
                      Empresa autorizada a laborar 
                       
                      No entanto, aquela empresa, assegura 
                        Rui Ramos, "está licenciada pelo Ministério 
                        da Indústria para actividades industriais de classe 
                        B. Não há nenhuma actividade industrial 
                        que esteja ou que venha a estar ali localizada que seja 
                        considerada por lei mais poluente do que a classe B". 
                        A unidade de fabrico de betão betuminoso que está 
                        montada no local e que teve a "prévia aprovação 
                        do Ministério do Ambiente e da Comissão 
                        de Coordenação da Região Centro é 
                        classificada segundo a legislação nacional 
                        da classe C, ou seja menos poluente que a autorização 
                        que a empresa já tem para laborar naquele local", 
                        explica o empresário. 
                        Em sessão de Câmara que teve lugar na passada 
                        Sexta feira, Carlos pinto garantiu aos moradores intervir 
                        junto ao Ministério do Ambiente e à Direcção 
                        Regional de Coimbra, a fim de colocar a situação 
                        perante estas entidades, uma vez que a Câmara Municipal 
                        da Covilhã, neste caso. "não tem nas 
                        suas mãos a resolução do problema, 
                        pois não é ela a entidade que licencia a 
                        actividade industrial", esclarece o autarca. De qualquer 
                        modo "quer as casas, quer a empresa estão 
                        legais", refere Carlos Pinto. 
                        Rui Ramos, proprietário da Vigoprel, afirma que 
                        "A empresa já está em laboração 
                        naquele local muito antes de lá existirem casas, 
                        há pelo menos 30 anos". Embora não 
                        com as actividades que agora foram acrescentadas, o betão 
                        e a o betuminoso. "A empresa vai estar sujeita à 
                        fiscalização permanente dos técnicos 
                        do Ministério do Ambiente, para verificar se os 
                        índices de poluição são ou 
                        não cumpridos", esclarece o empresário. 
                         
                       
                       
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