Por Liliana Correia e Sónia Torres


Há dois anos muitos foram os participantes. Este ano, a subida dos preços e o mau tempo obrigaram a mais um adiamento

As emoções fortes, a aventura e a diversão são o que mais se procura já no lendário Campo de Montanha que de há quatro anos para cá desenvolve o espírito daqueles que procuram a adrenalina. No entanto, tudo isto ficou aquém do desejado pela organização, visto que não houve adesão para esta actividade que "instala a camaradagem, a amizade, a animação e o conhecimento da serra", afirma Arménio Coelho, responsável pela secção desportiva da AAUBI.
Contrariamente aos campos de montanha anteriores, o programa apresentado pela secção desportiva não surtiu efeito nos estudantes, não só pelas condições climatéricas, mas principalmente pelo facto de o preço ter aumentado em relação ao ano anterior. Este ano a secção desportiva cobrava 6500 escudos por pessoa durante o fim de semana, ao passo que no ano passado o preço era de 5000 escudos, além de que o facto de concorrerem em equipa permitia reduzi-lo.
Ana Rita Carrilho, estagiária de Língua e Cultura Portuguesas da UBI, referiu que "pelo facto de estar a trabalhar, é impossível participar, mas mesmo que pudesse, não iria porque a o preço aumentou bastante, e a diferença relativa ao ano anterior, em comparação com este, permite-me ir ao cinema e ao teatro".


Desde a última edição, o preço subiu de 5000 para 6500 por pessoa

Para a organização, o preço é mais que justificável, pois "oferecemos um produto de qualidade em que está incluído o alojamento, a alimentação, o transporte, o apoio e material técnico e uma sweat-shirt " refere Romi, também responsável pela organização do Campo Universitário de Montanha.

Para além disso, " a organização precaveu-se para o caso de enfrentar mau tempo, garantindo que se tal acontecesse, subiriam na mesma a serra, pois já tinham outro tipo de actividades pensadas", sublinha Arménio Coelho.
Os três dias repletos de actividades como transposição de vales, rappel, escalada e jogos propostos pela organização são encarados como a altura ideal para a realização desta iniciativa, já que "os alunos ainda não têm as responsabilidades escolares que terão daqui a umas semanas, e os participantes verificariam os contrastes e misturas de cores que a Serra da Estrela adquire no Outono, tornando-a ainda mais bela e mágica" refere Arménio Coelho.
Para a organização, o Campo Universitário de Montanha é fundamental para as pessoas conhecerem a serra e respeitarem a natureza, e "acima de tudo para as pessoas atingirem e ultrapassarem os limites e a conhecerem-se melhor", acrescenta Arménio Coelho. Contudo, a desilusão não os faz baixar os braços e lançam de novo o desafio para o próximo semestre, embora este já esteja recheado de loucas aventuras e de novas actividades.