Por Sílvia Lopes


Os Salamander integram elementos portugueses e ingleses na criação da sonoridade celta

Os Salamander animaram o café teatro do GICC no passado Sábado. Este grupo de música irlandesa com influências celtas veio à Covilhã no âmbito do Festival de Teatro 2001, e o concerto sucedeu-se à actuação de "O Serviço" dos Artistas Unidos.
O projecto que deu vida aos Salamander iniciou-se em Março deste ano, mas há muito que se tentava estruturar esta iniciativa. Marsten Bailey, fundador do grupo, veio de Londres para Portugal há dez anos e desde então a música tem sido a sua única paixão. Em conjunto com dois flautistas ingleses, actuava no Irish Bar O´Gilíns, em Lisboa, e foi lá que conheceu Pedro, do Estoril, e os irmãos Marco e Bruno, do Fundão, actuais membros da banda. Com o regresso dos companheiros a Inglaterra Marsten continuou o seu trabalho de produção de bandas, onde se destacam os Primitive Reason, e criou os Salamander.


Marsten Bailey, fundador da banda, veio para Portugal há dez anos

Um violino, duas flautas e um irish bouzouki são os instrumentos escolhidos para tocar uma música de tradição celta com influências ibéricas e europeias. "Foi uma pena o Luis Peixoto não ter podido vir, ele é um excelente percursionista" afirma Marsten, que não esconde o seu espanto por ter a sala cheia. "Fomos muito bem recebidos aqui, é muito bom tocar para um público que nos está realmente a ouvir" acrescenta com um sorriso nos lábios.

Em Julho Marsten produziu o primeiro CD promocional da banda que contém seis temas tradicionais e dois originais compostos por Bruno Fonseca. A música envolveu por completo o público, que logo no fim da actuação esgotou os CDs que a banda tinha para venda. Os Salamander prometem voltar sempre que convidados e apontam a Covilhã como uma das suas melhores experiências.