Por Francisco Carvalho


Para Arménio Coelho, a secção desportiva da UBI tem "um futuro promissor

Num discurso aberto e sempre a pensar no futuro, Arménio Coelho, responsável pela secção desportiva da AAUBI fala de um projecto ambicioso e muito volumoso para este ano, onde as expectativas serão a de uma presença nas fases finais do Campeonatos Nacionais Universitários (CNU) em todas as modalidades, tanto colectivas como individuais. Neste momento a secção desportiva tenta crescer, evoluir e melhorar a sua prestação em relação a outros anos,"colmatando falhas e erros, sempre numa perspectiva ascendente, construindo uma estrutura sólida e duradoura na procura de uma dinâmica de vitória".
E para Arménio Coelho, essa dinâmica envolve uma série de factores que vão desde a própria secção aos estudantes, passando pela reitoria, serviços de acção social, Câmara Municipal da Covilhã, empresas do concelho, INATEL e pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU). É então preciso que estes intervenientes se conjuguem para que a secção desportiva da AAUBI tenha algum sucesso neste projecto.
Numa primeira linha é que necessário que os estudantes adquiram um "espírito de conquista, uma entrega e responsabilidade acrescidas dando a si próprios uma maior auto-estima e à UBI um prestígio além fronteiras". Depois é necessário que os apoios que fazem andar a secção não esmoreçam e que sejam continuamente aumentados para que o leque de ofertas tanto em quantidade como em qualidade seja mantido, e que o projecto da secção desportiva seja"gradualmente melhorado".

1500 estudantes competem pela UBI

O que Arménio Coelho tenta dizer é que a secção desportiva tem "um futuro promissor", um dinamismo que já engloba perto de 1500 estudantes em mais de 17 modalidades, mas que é necessário "um feed-back de várias instituições na procura de um desenvolvimento sustentado onde a profissionalização dos seus mecanismos seria um passo importantíssimo". Para este responsável o desporto paga-se a si próprio e é necessário que a reitoria tenha uma presença mais responsável e activa, "dando melhores condições de trabalho" porque o leque de ofertas "começa ser limitado para tanto estudante envolvido".
Este ano surgiu já uma novidade importante, que foi a aquisição de um autocarro para as deslocações das diferentes equipas em competição colmatando uma falha muito grande. Mas a secção desportiva quer mais, mostrando que a construção de uma pequena cidade desportiva na zona de Santo António é possível e que isso iria dinamizar grandemente tanto a UBI como a cidade da Covilhã. "É necessário que se veja este projecto com optimismo, e que não se deixem as coisas morrer, não se pode desmoronar tanto trabalho", defende. É por isso que os responsáveis da secção desportiva pretendem criar uma estrutura mais auto suficiente, conseguindo este ano melhorias ao nível técnico, de condições de trabalho e de um maior leque de ofertas, e investindo na procura de uma futura optimização desses investimentos.
Mas nem tudo são rosas, com a recente falha do Campo de Montanha, um "erro" que obrigou "à reflexão e à procura de soluções" para levar o plano de actividades até ao fim. São cerca de 17 mil contos que têm de ser bem geridos por uma equipa constituída por cinco elementos que procuram dar durante um ano inteiro condições para que cerca de 1500 estudantes compitam em 17 modalidades, num universo de 20 mil praticantes de Desporto Universitário em todo o país.