Por Ana Filipa Silva e Anselmo Crespo


Trio los Quatro e Salsa e Tequilla foram as bandas que animaram o Arraial da Cerveja

O Arraial da Cerveja foi o princípio de um lote de noites cheias de concertos e de animação. O que distinguiu a noite do Arraial das restantes foi o calor que emanava do público, muito por culpa da «bendita» cerveja.
O Trio Los Quatro foi o primeiro grupo subir ao palco. A banda sentiu que o público «estava frio», mas compreende que assim fosse, já que «estavam com a caneca na mão e isso impossibilitava-os de bater palmas», explicaram ao Urbi no final do concerto. Existem há seis anos mas, com o quinteto apresentado na Covilhã, apenas há um mês. Fazem da música a sua profissão e para além deste grupo «de música de divertimento e covers», como os próprios a definem, todos têm, paralelamente, outros projectos: alguns elementos têm as suas próprias bandas enquanto um deles, por exemplo, faz parte da banda da Rita Guerra. Há mesmo alguns elementos que participam na novela da TVI “Nunca Digas Adeus”. O Trio Los Quatro tem feito de tudo um pouco: Desde recepções ao caloiro a casamentos, sempre que actuam gostam de se divertir e fazem-no sempre pela animação. A sua aposta vai, sobretudo, para a música portuguesa, mas recusam para já a ideia de gravar um album: «talvez um dia mais tarde, mas nunca um de originais»,dizem.

Salsa e ... siga a cerveja

Foi com o público já bem «regado» de cerveja que entraram em palco os Salsa e Tequilla. Esta é uma formação recente com uma grande influência de Cuba, ou não fossem cinco dos seus elementos cubanos, mais um argentino e um de origem italiana. À semelhança do que acontece com os Trio Los Quatro, também alguns elementos desta banda participam em projectos de dimensão nacional: Alguns dos músicos dos Salsa e Tequilha pertencem à banda da discoteca lisboeta Salsa Latina , e Ciro Bertini pertence aos Fúria do Açúcar.
Os Salsa e Tequilha não têm ainda nenhum álbum gravado, apenas uma maquete com dois originais. No entanto, a gravação de um CD está nos seus horizontes. «Se há dez anos as pessoas não percebiam este tipo de música, hoje em dia começam a entender e a dançar», explicam.
No final o público divertiu-se ao som das músicas destes grupos, sempre com a caneca na mão.