Na passada quinta feira, 8, o pavilhão da Anil
encheu-se uma vez mais para receber os concertos da Recepção
ao Caloiro 2001. F.E.V.E.R, Hand Puppets e Moonspell arrastaram
uma multidão de fãs que vibrou ao som da
irreverência de três estilos musicais diferentes.
Os F.E.V.E.R foram os primeiros a subir ao palco. Esta
banda de Lisboa nasceu acerca de dois anos com Luís
Lamelas (guitarra) e João Queirós (teclado)
como um duo de remisturas a que chamaram FEVER Experience.
Em Fevereiro de 2000, João Macías (voz)
e Filipe Von Geier (baixo) juntaram-se ao duo para tocar
um género musical que permitisse a expressão
sincera de sentimentos. A minha música baseia-se
no amor, no que sinto confirma João Macías.
A banda esteve na Covilhã este verão para
participar no concurso Covilhã Rock
do qual saiu vencedora. Mas desta vez foi diferente
comenta Luís lamelas, não sentimos
a troca de energia com o público. Apesar
disso consideraram a experiência positiva e tencionam
voltar sempre que convidados.
Também os Hand Puppets sentiram o público
um pouco acomodado foi como se não se entregassem
à música aponta Nelson, o vocalista
da banda. Contudo, o pequeno grupo de fãs de Hardcore
presente no pavilhão rendeu-se à música
e era visível a euforia.
Fernando, vocalista dos Moonspell
numa das personagens encarnadas durante o espectáculo
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Naturais da Figueira da Foz,
iniciaram este projecto em 1995, e desde então
têm vindo a realizar vários concertos
dentro e fora do país. A nossa música
tem vindo a evoluir ao longo dos anos porque procuramos
fazer um som muito próprio, concluiu
o vocalista. A banda promete um CD diferente do
anterior para breve. Conscientes da falta de conhecimento
deste estilo musical pretendem com as suas letras
educar o público para o Hardcore.
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O momento mais esperado da noite aconteceu por volta
das duas da manhã com a actuação
dos Moonspell. Para além do espectáculo
auditivo, o público pode também assistir
a uma representação teatral onde a caracterização
das personagens era levada ao mais ínfimo pormenor.
Pó de talco, velas, asas e fumos ajudavam a acentuar
o misticismo tão próprio do Heavy Metal.
Como se estivesse num teatro, Fernando, o vocalista, assumia
várias personagens através da constante
troca de roupa e adereços e, com uma expressão
mórbida muito própria espelhava a histeria
dos fãs. Produzimos os nossos trabalhos num
plano imaginário e a produção visual
é muito importante confirma Ricardo Amorim
guitarra e teclas. Apesar do mega sucesso internacional
tocar em Portugal é sempre gratificante
acrescenta, é no nosso país que temos
um disco de prata. Mesmo assim consideram o público
português mais exigente com o produto nacional pois
é muito mais fácil termos sucesso
lá fora, assim como é mais fácil
para uma banda estrangeira ter sucesso em Portugal
refere Mike Gaspar, baterista do grupo.
A noite estava animada e, apesar de já ser muito
tarde, os Moonspell ainda voltaram três vezes ao
palco. Para os mais resistentes a noite continuou pela
mão de Luís Veiga, Dj residente da discoteca
& Companhia.
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