António Fidalgo

Tempo de estudo



Estamos no meio do semestre. O tempo de festa de início de ano chegou ao fim com a semana de recepção aos caloiros, as introduções dos professores às matérias estão feitas, entramos na velocidade de cruzeiro, é o tempo da rotina normal de aulas, aulas e estudo.
É agora que se afirma a qualidade de um estudante. Ou aguenta ou não a rotina dos dias iguais de trabalho. Duas ou três aulas seguidas falhadas, uma por um bom motivo qualquer, outra por um motivo menos bom, um cansaço ou um 'não me apeteceu', e o ritmo quebra-se. Depois quando se quer retomar o decurso normal das aulas já não se consegue. Houve um salto na matéria, o docente usa termos novos que não se entendem. Que fazer? Fazer um esforço redobrado e tentar apanhar ainda o comboio ou desistir? Para o esforço redobrado é necessário descurar um pouco as outras cadeiras, mas essas também exigem o esforço. Há que ser realista, há que optar pelas cadeiras onde se está melhor e sacrificar as cadeiras onde há mais problemas.
Meio caminho andado no sucesso escolar reside na perseverança, no aguentar, manter o ritmo, ir sempre às aulas. Melhor ou pior mantém-se desse modo um acompanhamento mínimo das matérias leccionadas. Obviamente que é preciso estudo, saber estar umas horas quedo numa sala em frente aos livros e aos cadernos, entrar na matéria, clarificar conceitos, entender os problemas, compreender os métodos de resolução, aprofundar os temas.
É preciso que os estudantes entendam isso. Sem estudo continuado não há sucesso possível. E sem estudo não há técnicas nem truques pedagógicos ou épocas sucessivas de exames que valham. O estudo é a essência do estudante. A palavra o diz. Tão simples quanto isso.