" Tivemos experiências nos Açores e através do Seminário quisemos transportar essa experiência para a região da Cova da Beira"
Seminário de acção social
Integração social na UBI

Momentos de reflexão, informação e esclarecimento , assim como partilha de saberes e de experiências entre todos os presentes, foram os objectivos concretos do seminário.

Por Gisela Gomes



No passado dia 22 e 23 de Novembro, o Seminário " Integradores Sócio- Familiares: Quem São? Contributos para a Acção Social do Século XXI" organizado pela Santa Casa da Misericórdia em parceria com outras entidades, teve lugar na Universidade da Beira Interior.
O desenvolvimento recente de novas políticas sociais por parte do Estado Português, no que diz respeito a iniciativas de inclusão social, engloba um progressivo crescimento no número de agregados familiares apoiados socialmente. É dentro desta perspectiva que surgem regularmente dificuldades ao nível dos acompanhamentos técnicos relativos aos desenvolvimentos alcançados, o que leva a que os desfasamentos entre a noção técnica inicialmente prevista e a realidade pretendida sejam frequentes.
Uma intervenção com base em respostas sociais de "proximidade" instalada entre os vários agentes sociais locais, é o resultado que poderá advir da situação descrita.
Foi neste sentido que a Santa Casa da Misericórdia do Fundão em conjunto com outras instituições, nomeadamente o Comissariado Regional do Sul da Luta Contra a Pobreza, a União das Misericórdias Portuguesas e a Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Baixa organizaram e promoveram o Seminário: " Integradores Sócio- Familiares: Quem São? Contributos para a Acção Social do Século XXI"
Esta iniciativa pretende funcionar como uma chamada de atenção nas áreas em que existe falta de projectos. " Tivemos experiências nos Açores e através do Seminário quisemos transportar essa experiência para a região da Cova da Beira", esclarece Pedro Gouveia, responsável pelo projecto " Integrar para Desenvolver". Estar com as famílias em exclusão social, para assim tentar mudar os seus hábitos é um dos grandes papéis dos integradores sócio- familiares " que no fundo não são nada mais do que agentes catalisadores da mudança social", completa Pedro Gouveia. Existe assim por parte dos agentes promotores a consciência da necessidade de se perspectivar a partilha de experiências em contexto real de acção social, ao mesmo tempo que se criam metodologias inovadoras de cariz integrador.