José Geraldes

O "novo" Notícias da Covilhã


E o novo Notícias da Covilhã aí está. Novo na imagem, novo em rubricas, novo no olhar plural dos acontecimentos. E aberto à intervenção para uma cidadania mais consciente.
Não se trata de cortar com a história riquíssima do jornal, pois os valores e princípios permanecem inalteráveis. Esta renovação obedece a um propósito da prática de um jornalismo em que a ética seja devidamente revalorizada.
Assistimos hoje a um abate de valores fundamentais do jornalismo. O que conta é o dinheiro. E o sensacionalismo para maiores vendas. Com a quebra do rigor da notícia e da honestidade na sua recolha e na sua publicação. Ou seja, em muitos casos, instalou--se a lei do tudo se vende e tudo se compra.
É um facto histórico inegável que também a comunicação social se transformou numa indústria. Mas igualmente aqui a ética deve ocupar o lugar que lhe compete. De outra forma, entraremos na lei da selva.
Por isso, queremos manter a linha de independência que não se rege por subserviência aos potentados económicos nem aos poderes políticos nem a ideologias totalitárias, por vezes camufladas de um verniz democrático, venham donde vierem.
Em tempos de relativismo galopante, a objectividade jornalística e a isenção é a meta e o valor - limite para onde queremos caminhar. Sabemos que a objectividade não existe em estado químico puro. E, em qualquer texto ou notícia, há sempre uma certa subjectividade. Mas o Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses é bem claro ao dizer que "o jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade". Aliás, a exigência da verdade, da objectividade e da exactidão fazem parte de todos os códigos deontológicos.
A Declaração de Munique, considerada a Carta Magna do jornalismo, enfatiza que a missão geral dos media é informar os cidadãos para que sejam capazes de formar as suas próprias opiniões.
O Notícias da Covilhã, como jornal de proximidade, é outro objectivo que vamos dinamizar com a valoração das questões regionais, quer na linha da informação quer na opinião. E desde já aceitamos todas as propostas neste sentido. Aqui os problemas da Covilhã, da Cova da Beira e do Interior continuarão a merecer o maior destaque num debate o mais alargado possível a todos os quadrantes de análise.
O novo grafismo surge com a preocupação de tornar a leitura do Notícias da Covilhã muito mais fácil e agradável sob o ponto de vista estético. O leitor sentirá maior gosto na leitura e encontrará, com maior rapidez, os textos da sua preferência.
As três funções tradicionais do jornal, informar, formar e distrair, marcam presença forte nesta nova reformulação para servir os leitores. A função de formar terá nova ênfase na interpretação da actualidade à luz dos critérios editoriais de inspiração cristã.
O novo caminho, que hoje iniciamos, pretende ser um sinal de esperança, essa "luz bruxuleante", no dizer de Jorge de Sena, a guiar as nossas vidas.