José Carlos Garrucho, professor e psicólogo clínico, chamou a atenção para a necessidade de diálogo entre a escola e a família

Acção de formação para professores Escola e Família como parceiros Devido à nova revisão curricular, é fundamental abordar as problemáticas da família e da escola para se criarem espaços de reflexão e diálogo. Neste âmbito, surgiu a acção de formação para professores com o tema "Novos Territórios da Cidadania - A Escola e a Família". Por Liliana Correia e Sónia Balasteiro

Preparar os professores para as novas questões educativas. Este foi o objectivo da acção de formação organizada pelo Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC) e dirigida a todos os sectores do ensino. A iniciativa teve lugar no auditório da ANIL, no passado dia 7 de Dezembro, Sexta feira. A palestra teve como principal orador José Carlos Garrucho, professor e psicólogo clínico, e contou ainda com a presença de uma representante do SPRC, Conceição Figueira. A acção de formação teve como tema "Novos Territórios da Cidadania - A Escola e a Família", em que se procurou "atender aos problemas e desejos da família e da escola como partilha", esclarece José Carlos Garrucho. A revisão curricular deixou um espaço aberto para o diálogo e interacção entre a escola e a família, uma vez que os alunos se deparam com novos temas que requerem maior participação por parte dos pais. A educação "transversal" inclui temas como a sexualidade, a formação cívica e uma área onde os alunos desenvolverão os seus próprios projectos. Neste sentido, pais e professores devem-se entender como parceiros numa resposta às crescentes necessidades do aluno. "Os problemas são para abordar conforme aparecerem", acrescenta o psicólogo clínico. O psicólogo tem um papel de comunicólogo nas relações entre pais, professores e alunos, e o dever de ajudar a resolver os problemas com os quais se deparam.   "As escolas têm cada vez mais necessidade de formação" "As escolas têm cada vez mais necessidade de formação", sublinha Conceição Figueira O Centro de Formação do SPRC procura responder às carências educativas e sociais que a profissão de docente exige. Para Conceição Figueira " a formação contínua não deveria ser um sítio onde as pessoas são obrigadas a ir para coleccionar créditos. As escolas têm cada vez mais necessidade de formação". Para a representante do SPRC, a revisão curricular deveria assentar numa reforma completa de todos os conteúdos temáticos, pois desta forma evitar-se-iam as confusões e a angústia por parte dos professores. Desta forma, a iniciativa pretende dar resposta às questões de membros associados e não associados. Embora a resposta dos visados não fosse a esperada, a divulgação foi feita por todas as escolas da região centro. Ainda assim, a participação foi uma constante na plateia pois, como sublinhou Conceição Figueira, "as pessoas não estiveram como meros espectadores, em que vêem mas não ouvem".