Por Ricardo Cordeiro e Rui Castro


A subida à II Liga é o objectivo principal de Riça

URBI@ORBI: Neste momento é o melhor marcador do Sp. da Covilhã, com 11 golos. Tem o objectivo de acabar o campeonato no topo dos melhores marcadores da II Divisão B? Quantos golos espera marcar?
RIÇA: O primeiro objectivo é subir, mas é sempre bom a nível individual ser o máximo goleador de um campeonato. Não tracei nenhuma meta em concreto, todavia, espero marcar golos suficientes para ajudar a equipa a subir.

URBI@ORBI: Este é o seu primeiro ano ao serviço do Sp. da Covilhã. Qual é a sua opinião acerca da equipa?
RIÇA: A minha opinião, para já, é bastante positiva. Estamos próximos dos objectivos que nos foram propostos pela direcção, que é a subida à II Liga. Ainda falta muito campeonato para disputar, mas penso que estamos no bom caminho.

URBI@ORBI: O balneário do Sp. da Covilhã é bom?
RIÇA: Sim, os resultados estão a aparecer, o que significa que há união no grupo. Além disso, só se conseguem atingir os objectivos se o balneário for unido porque, caso contrário, não há equipa que resista.

URBI@ORBI: O Sp. da Covilhã tem a defesa menos batida do seu campeonato. Em contrapartida, o ataque é dos menos produtivos...
RIÇA: Sim, é verdade que é a defesa menos batida. Relativamente ao ataque, o que eu posso dizer é que não tem importância chegar ao fim do campeonato com um dos ataques menos concretizadores, o que importa é vencermos os jogos necessários para subirmos de divisão. Interessa-nos marcar sempre mais um golo do que o adversário para que somemos três pontos jogo a jogo, e atinjamos os nossos objectivos.

URBI@ORBI: O seu contrato expira em que ano? Tem convites de outros clubes para sair?
RIÇA: O meu contrato termina no final da presente época. Quanto a convites, não tive conhecimento de nenhum mas também não estou preocupado com esse assunto. O que me preocupa é a luta pela subida de divisão. Se aparecerem clubes com outro tipo de aspirações interessados nos meus serviços, é um caso a ponderar, apesar de me sentir muito bem no Sp. da Covilhã.

URBI@ORBI: Pretende chegar um dia à I Liga?
RIÇA: Acho que todos os jogadores que actuam em escalões inferiores gostariam de chegar à I Liga e eu não fujo à regra. Aliás, quando me encontrava no Moreirense tive um convite do Desportivo de Chaves, que desceu à II Liga, mas que acabou por ficar na I Divisão devido ao caso do Leça. No entanto, já tinha rejeitado o convite porque, em igualdade de circunstâncias preferi continuar a jogar fora da minha terra.


"Sou um atleta possante"

URBI@ORBI: Como é que se define como jogador?
RIÇA: De acordo com a minha estatura dá para perceber que sou um atleta possante, que é uma das minhas principais características. Sou esquerdino, mas não escolho pé para rematar à baliza. Não sou um cabeceador nato mas faço alguns golos de cabeça. Além disso, sou marcador de pénaltis e de livres. No ano passado, pelo Moreirense, facturei por sete vezes na cobrança de livres directos. Este ano consegui marcar por três vezes da mesma forma frente ao Penafiel, na pré-época. Depois disso, as coisas nesse aspecto não têm corrido tão bem quanto desejaria, mas o que custa é o primeiro a entrar...

URBI@ORBI: Qual é a sua opinião acerca da cidade da Covilhã?
RIÇA: É uma cidade que estou a conhecer aos poucos, pois é nova para mim. De qualquer forma tenho falado com muita gente na rua e penso que as pessoas do interior são mais acolhedoras do que as do litoral, o que favorece a minha integração na cidade da Covilhã.

URBI@ORBI: Qual é o seu clube do coração?
RIÇA: O meu clube do coração é o da minha terra, o Desportivo de Chaves. Sou adepto do Benfica e, actualmente, o clube que fala mais alto ao meu coração é o Sp. da Covilhã que é aquele que me paga.

URBI@ORBI: Quais os futebolistas que mais aprecia?
RIÇA: Aprecio muito o Ronaldo, que é uma referência para todos os pontas de lança. Também aprecio muito o Jardel, pelos muitos golos que marca, e o Mantorras que está no bom caminho, embora ainda tenha muito para apender. E claro, o Luís Figo, que é fora de série. Do passado, os meus ídolos foram o Eusébio e o Pélé.





Ronaldo é uma referência para Riça
 
Vitor Manuel da Costa Riça, é mais conhecido pelo último nome no meio futebolístico. O atleta do Sp. da Covilhã mede 1.88 cm e pesa 87 Kg. É natural de Chaves e nasceu a 3 de Maio de 1974.
O ponta de lança da equipa serrana começou como médio esquerdo nas camadas jovens da equipa da sua terra natal, o Desportivo de Chaves. Como sénior, estreou-se no Montalegre onde conseguiu o seu recorde de golos numa época, onde fez ao todo 25 tentos. Em seguida, passou pelo Fafe pelo qual se sagrou Campeão Nacional da III Divisão. O Moreirense foi a equipa que se seguiu, onde se tornou também campeão nacional, mas desta feita da II Divisão B e marcou presença nas três vitórias consecutivas sobre o primodivisionário Vitória de Guimarães para a Taça de Portugal. O seu destino seguinte foi o União de Lamas, onde alcançou um sexto lugar na II Liga.
Nos seus tempos livres, Riça aproveita, principalmente, para descansar mas também ouve música sempre que pode. O seu estilo preferido é o pop--rock com os "Pink Floyd" e os "The Cure" no topo das preferências. Gosta de jantar fora e de ir ao cinema com a sua esposa. O filme que mais o cativou foi "As palavras que nunca te direi".
Quanto à gastronomia, Riça é um grande apreciador dos pratos típicos portugueses tais como a feijoada à transmontana e o cozido à portuguesa. Para acompanhar, não dispensa um bom vinho.