Em "época de crise", Alfredo Silva recomenda aos comerciantes "racionalização e minimização de custos"
Época de Natal pouco lucrativa
Vendas diminuem no Comércio Tradicional

O presidente da ACICB, Alfredo Silva, recomenda os comerciantes a racionalizar e minimizar custos, pois o período é de crise. Quanto ao arranque do Euro, mostra-se convicto que tudo correrá pelo melhor.


Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi


" Os nosso associados foram avisados há cerca de um ano para terem cuidado com o investimento e as cobranças, dado que chegaria o momento das dificuldades". Esta a ideia transmitida pelo presidente da Associação Comercial e Industrial dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão (ACICB), Alfredo da Silva, durante a tradicional festa de Natal que esta associação realiza todos os anos.
Segundo este responsável, os comerciantes estão a vender menos, "devido ao enfraquecimento do poder de compra por parte dos clientes, sendo esta uma crise comum ao resto do País". Para Alfredo da Silva, a população portuguesa endividou-se, dado que "viveu uma época de alto consumo, e esta verdade está hoje bem patente, com o decréscimo na procura. Com o aumento da oferta, dá na crise que agora atravessamos".
O presidente da ACICB relembra o apelo feito aos associados. "Dissemos para tomarem precauções, no sentido de racionalizarem as respectivas actividades, minimizar os custos e a terem cuidado nos investimentos que estavam a fazer". Alfredo da Silva critica o Governo dado que "ao longo destes últimos cinco anos tem tido uma postura de cigarra, pelo que o País irá sofrer mais do que aqueles que tiveram a postura de formiga".
Relativamente à entrada em circulação da nova moeda única, o Euro, Alfredo da Silva mostra-se convicto que os comerciantes estão bem preparados e esclarecidos, pois "fizemos acções de formação com vários seminários, tendo inclusive equipas no terreno a trabalhar em sessões de esclarecimento, junto dos associados dos três concelhos". Para este responsável, as principais dificuldades irão colocar-se às pessoas mais idosas, nomeadamente clientes. No entanto, Alfredo da Silva acredita que "os nossos associados vão dedicar-lhes toda a atenção, ajudando-os e a esclarecê-los sobre algumas dúvidas que possam ter".