O Sporting da Covilhã saiu vencedor desta partida frente ao U.D. Vilafranquense por quatro bolas a uma



Ficha do Jogo

Campeonato Nacional da 2ª Divisão B Zona-Centro
30ª Jornada
Estádio Municipal José Santos Pinto
07-04-2002

Árbitro: Carlos Pinto (Coimbra)
Auxiliares: Paulo Carramanho e Raúl Oliveira

Sp. Covilhã- 4
Celso; Marco Abreu, Trindade(cap.), Alexandre, Rui Morais; Capelas, Túbia, Chalana(Hermes 22m); Zé Carlos( Sousa 60m), Hélder Gomes(Pombo 84m) e Riça.

Treinador: João Cavaleiro

Marcadores: Trindade(30m), Riça(44m e 62m), Alexandre(75m)

U.D. Vilafranquense- 1
Hugo; Rodolfo, Cristiano, Gonçalves I, Angel; João Ribeiros, Roque (cap.), Borreicho(Maisão 68m); Neca(Gonçalves 78m), Casquinha e Milan(Batita 59m).

Treinador: Carlos Brito

Marcador: Casquinha(52m)


Classificação

Sp. Covilhã.....63p

Torrense.........60p

Sp. Pombal.....59p

Sanjoanense....54p

(.....)

18º Alcains...........15p

30ª Jornada da 2ª Divisão B Zona Centro
Dilúvio de golos

O Sp. Covilhã alcançou uma vitória expressiva em casa ao despachar o Vilafranquense por 4-1. Este triunfo acabou por distanciar os leões da Serra na liderança no campeonato. Hélder Gomes foi a grande figura do jogo.


Por Francisco Carvalho


O Sp. Covilhã conseguiu mais uma importante vitória quando faltam apenas oito jogos para o final do campeonato. A vítima foi o Vilafranquense que saiu do Santos Pinto com uma pesada derrota.
Perante condições climatéricas difíceis, muita chuva e vento, o Sp. Covilhã apresentou uma equipa sem os habituais titulares Piguita, João Carlos e Filipe Avelar. Para os seus lugares entraram Alexandre, Zé Carlos e Trindade recuou para central. Essas alterações notaram-se muito, com a defesa dos da casa a sofrer vários calafrios no início da partida. Logo aos 2', Gonçalves I aproveita uma má saída de Celso para rematar à baliza, mas Alexandre salva na linha de golo. Aos 8' foi a vez de Milan que ultrapassou Trindade, e rematou rente ao poste. Foi um início nada fácil para o Covilhã que jogava sem velocidade, tinha uma defesa a revelar insegurança e não conseguia sair da pressão imposta pelo meio-campo dos jogadores de Vila Franca. João Cavaleiro decide então retirar Chalana e pôr em campo o avançado Hermes. Os resultados foram imediatos com o Covilhã a ganhar mais combatividade. Aos 30' surge o primeiro tento. Na sequência de um livre, Trindade aproveita uma falha colectiva da defesa e faz um belo chapéu de cabeça a Hugo. A partir daí o domínio foi total do Covilhã. Já no cair do pano da primeira parte aparece o segundo golo. Hélder Gomes progride na esquerda, centra para a área onde aparece Riça, que cabeceia sem hipóteses para o fundo da baliza.

Bolas paradas matam jogo

O intervalo parece que fez mal ao Covilhã que apareceu desconcentrado, e podia ter sofrido piores consequências. O Vilafranquense teve nessa altura em dez minutos três belas oportunidades. Aos 2', Neca falha escandalosamente o golo ao rematar por cima da barra quando se encontrava livre de adversários. No minuto seguinte é a vez de Milan, que falha o cabeceamento para a baliza de Celso. Mas à terceira foi de vez. Num contra-ataque pela direita, Roque centra para o segundo poste onde aparece Casquinha que ao contrário dos seus companheiros não falha e reduz a desvantagem aos 7'. O Vilafranquense continuou então a pressionar, levando os jogadores do Covilhã a despejar muitas bolas e a jogar mal, para desespero dos seus adeptos. Cavaleiro muda de novo a equipa entrando Sousa. Este mesmo jogador, aos 17', marca o livre que dá o terceiro golo. A bola é metida na área, onde aparece Hermes que atira de peito para perto da linha de golo, com Riça a empurrar o esférico em carrinho para a baliza. Acabava aí a resistência dos homens de Vila Franca. Á meia-hora de jogo chega o último golo do desafio. Num canto cobrado por Hélder Gomes, Alexandre aparece de rompante sem marcação no centro da área, e cabeceia sem hipóteses de defesa. Foi a última jogada de relativo perigo, com os jogadores serranos a resguardarem-se para os desafios importantes que aí vêm.
Acabou por ser um resultado dilatado com uma exibição pouco convincente. A equipa viveu muito dos rasgos de Hélder Gomes, que esteve em todos os lances capitais do desafio. Foi um grande jogo a que faltou apenas o golo. Alexandre também se destacou na defesa e ainda aproveitou para fazer um golo. Riça voltou-se a revelar mortífero ao aproveitar as poucas oportunidades que dispôs. Mas há que melhorar as prestações para os próximos desafios fora de casa, que se podem revelar fulcrais para a manutenção da liderança. A jornada acabou por se revelar positiva porque a distância para o segundo aumentou. No lado do Vilafranquense, Roque e Neca revelaram bons pormenores mas faltou consistência ao jogo dos homens de Vila Franca.
O árbitro da partida fez uma exibição mediana, ao não mostrar em certas situações o cartão amarelo, e ao não assinalar um pénalti que Hélder Gomes sofreu.