Por Paulo Galhardo



Os Waterboys cativaram o público presente na última noite da Semana Académica

O pavilhão da Anil encheu-se para o último dia de concertos da Semana Académica. O encerramento esteve ao cargo das bandas Waterboys, Ashfield, Factor Activo e DJ's convidados da RFM.
O início dos concertos deu-se por volta da meia-noite, ainda decorria o ETHNICU. A banda vinda de Almada e vencedora do II Festival de Música Moderna da Beira Interior, actuou para uma pequena audiência, interpretando os seus temas e tentando conquistar um público difícil que não conhecia o seu repertório.
Uma surpresa agradável para os presentes foi a actuação dentro do pavilhão do grupo de Capoeira, Raízes d'África, que captaram imediatamente a atenção dos presentes no pavilhão.
Seguramente o momento mais esperado veio a seguir, a actuação da única banda internacional presente no programa, os Waterboys, que desfilaram um conjunto de temas ao longo de quase duas horas de espectáculo. Praticantes de um conjunto de sonoridades como o rock, folk e pop, captaram a atenção do seu público que ainda recorda algumas das músicas que há alguns anos figuravam nos "tops" internacionais.
Os melhores momentos vividos nessas duas horas de espectáculo resultaram de uma espécie de comunicação, em que a banda tentava conquistar em definitivo o seu auditório e este respondia. Whole of the Moon e Fisherman's Blues foram algumas das músicas que levaram ao rubro o público.
Os covilhanenses Factor Activo, senhores de um considerável público nesta região, perfilaram uma sonoridade bastante diferente das suas predecessoras, praticaram uma mescla de hip-hop, indie, funk, reggae, cumprindo com cerca de mais uma hora de espectáculo.
A noite prolongou-se com os sons de algumas pistas de dança, ao cargo dos DJ's em representação da RFM.

 




A capoeira do grupo Raízes de África



Capoeira e gaitas de foles



A música, os movimentos e o ambiente típico de Capoeira juntaram-se ao ritmo tradicional das gaitas de foles no último dia do Festival Étnico da Covilhã.


Por Carmen Martins


Proveniente da Amadora, o grupo Raízes de África trouxe ao Ethnicu um espectáculo que surpreendeu pela alma com que os capoeiristas executam os movimentos. Perdidos entre mortais, rodas e gingas, os elementos mostraram que a Capoeira, para além de uma arte, é uma filosofia de vida que se materializa numa dança de revolta que traduz o desespero dos escravos levados de África para o Brasil.
Aos ritmos plenos de sentimento sucederam os sons tradicionais das gaitas de foles.
O grupo convidado, que veio de Celanova - Galiza, desceu do palco e formou uma roda em volta do público. Esta particularidade aproximou e contagiou a plateia.
A "banda de gaitas", como se denomina na Galiza, é uma das mais antigas desta região espanhola. Fundado em 1989, este grupo faz parte da primeira divisão de bandas de gaitas galegas. Esta liga permite que os vários agrupamentos especialistas neste instrumento lutem pelo primeiro lugar.
Depois da Covilhã a Banda de Gaitas de Celanova viajou até Mangualde para acompanhar o jovem talento hispânico Hévia.