Sérgio Godinho entrou em palco com um "brilhozinho
nos olhos" e com uma energia que contagiou o público
que deslocou ao pavilhão da ANIL na noite de sexta
feira, 10.
Sem procurar nenhum elixir da juventude, Sérgio
Godinho cantou o que de melhor tem feito ao longo da sua
já vasta carreira. Músicas do álbum
"A Lupa", entre outras mais antigas, transformaram
esta noite num momento quase mágico.
Sérgio Godinho começou a carreira fora de
Portugal, onde gravou o seu primeiro disco. Em 1974, regressou
ao seu país de origem e encantou o público
português. Desde então o sucesso é
inegável e passa por um poder de criação
incessante.
Com letras que chamam a atenção para o quotidiano,
o seu objectivo passa por "intervir em tudo. Intervenho
num ponto sensível das pessoas, naquilo que é
mais importante para elas", refere.
Godinho não se assume como um educador, mas sim
como alguém que "pode trocar experiências
e estimular as pessoas". E foi com a "cabeça
entre as orelhas" que cantou o "Coro das Velhas"
para um público "espontâneo e cúmplice",
como salientou no final do espectáculo.
O palco é a sua casa e o público a energia
que precisa para cada espectáculo. Godinho e os
seus "Godões" acham que "não
é preciso ser/ Casimiro para ter/ sempre cuidado
para não se deixar levar", tal como diz a
letra da música "Cuidado com as Imitações".
Antes de Sérgio Godinho actuaram os Sun Like Red
Eye, que não conseguiram encantar o público.
Uma alteração no alinhamento dos concertos,
fez com que os Wray Gunn actuassem depois de Sérgio
Godinho. O estilo do grupo animou o público que
se concentrou junto ao palco.
Na memória de todos os finalistas presentes no
Pavilhão da ANIL vai ficar uma frase: "hoje
é o primeiro dia do resto da tua vida".
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