João Alves
NC/Urbi et Orbi


Carlos Pinto salienta que os inimigos não estão no partido laranja, mas sim fora dele

Iniciar um novo caminho de dinamização e intervenção na vida política do Distrito de Castelo Branco. É este o objectivo do autarca covilhanense, Carlos Pinto, ao candidatar-se à Comissão Política Distrital do PSD.
O anúncio formal da candidatura decorreu na segunda-feira, 20, em Castelo Branco, numa cerimónia na qual o autarca relembrou os seus 28 anos de partido e o apoio activo, "desde a primeira hora", a Aníbal Cavaco Silva, do qual foi colaborador durante "quatro anos inesquecíveis da minha vida". Carlos Pinto afirma que a social-democracia, tal como é entendida pelo PSD, é a solução para os problemas do País, que "necessita de regiões fortes, entre as quais a Beira Interior, coimo elemento de competitividade geográfica estruturante em relação à Espanha". O autarca relembra as vitórias conquistadas para o partido, "em terreno nada fácil e com eleitorado de grande dimensão", como há cinco meses atrás (Dezembro de 2001), quando Pinto ganhou a Câmara da Covilhã "por números nunca alcançados naquele concelho, para ajudar a derrubar Guterres e um Governo que estava a levar Portugal para a ingovernabilidade social e económica".
O candidato à Distrital pretende renovar as estruturas distritais do PSD e afirma que os laranjas têm obra feita pelo distrito "incomparativelmente melhor que os socialistas e os outros partidos políticos". Carlos Pinto lembra que, nos anos 80, encontrou a Covilhã "sem confiança no futuro, desindustrializada, com ambiente urbano degradado, sem animação e sem esperança", tendo os sociais-democratas dado volta à situação. E salienta que, também em termos distritais, os laranjas devem ter orgulho no que fizeram em alguns concelhos, como por exemplo o Fundão, que foi retirado "da inércia a que os socialistas o conduziram".
Numa alusão ao actual Governo, Pinto diz que bastaram apenas umas semanas para mostrar a diferença em relação ao anterior executivo, pois agora há "determinação de gestão equilibrada das Finanças Públicas e de fortalecimento da economia nacional". Por isso promete apoiar activamente o elenco liderado por Durão Barroso.
Para além disso, Carlos Pinto, que tem a concorrência de outra lista liderada pelo médico Fernando Jorge, promete mais ambição e trabalho, numa equipa distrital que "não vai reaparecer apenas na altura das eleições". "Não quero ser presidente da Distrital para alargar a minha influência pessoal na administração pública. Esta é uma oportunidade do PSD, no distrito, se renovar" salienta o autarca. Carlos Pinto afirma que não haverá desunião à volta das ideias, nem em torno das pessoas e das escolhas dos melhores para os cargos, pois "no PSD cabem todos". Aliás, Pinto salienta que os inimigos não estão dentro do partido, mas sim fora, e garante que ninguém poderá contar com ele "para alimentar polémicas com outros militantes que se venham a candidatar ou que já tenham decidido a candidatura".