João Alves
NC/ Urbi et Orbi


A feira serviu para explicar como é que o mel chega às nossas casas e todo o seu processo de fabrico

A Associação de Apicultores do concelho de Belmonte realizou no passado fim-de-semana, naquela vila, uma Feira de Mel. O objectivo, para além de vender algum produto, foi sobretudo divulgar o mel e mostrar como se faz. Por isso, na mostra, era possível ver desde abelhas a favos, até à máquina que espreme o precioso líquido. Depois, quem quisesse, podia adquirir um frasco do respectivo produtor ou, porque todos eles tinham, um recipiente de mel com o rótulo próprio da Associação, o mel Apimonte.
Neste certame estiveram 8 produtores do concelho, mas também de freguesias limítrofes, como por exemplo Orjais, no concelho da Covilhã. A Associação de Apicultores conta agora com 26 sócios e nesta feira, os preços praticados foram abaixo dos habitualmente exercidos, já o objectivo era divulgar. Aliás, segundo José Calheiros, da Associação, este será o caminho a seguir para fazer face a alguns problemas que os apicultores do concelho enfrentam, nomeadamente as dificuldades de comercialização e a forte concorrência que vem de Espanha. "É assim porque, por exemplo na forma de vender, isso ainda é feito individualmente" explica José Calheiros. Já de Espanha, de onde se diz não virem nem bons ventos, nem bons casamentos, chega mel "vendido ao desbarato, muito abaixo do preço normal, embora sem a mesma qualidade. Este é mais um factor que nos preocupa" explica este produtor. Por isso, José Calheiros apela que os organismos do Esatdo "facilitem as coisas no aspecto da comercialização. No estrangeiro, os governos apoiam muito mais. Em Espanha, por exemplo, isso é assim".
No concelho de Belmonte, diz José Calheiros, o peso do mel é ainda "muito relativo", uma tendência que a Associação pretende inverter. Já no que toca à Feira, este responsável ficou satisfeito com a afluência de público e afirma mesmo que as expectativas "foram superadas".