Por Catarina Rodrigues

Siddhartha é um pequeno livro no tamanho mas intenso no conteúdo. Hermann Hesse, o seu
autor, define-o como "um poema indiano" que conta a história de uma constante procura.

A personagem principal do livro- Siddhartha- é um homem com sede de sabedoria, mas infeliz
e insatisfeito com a vida. Apesar de todo o amor que a sua família lhe oferece, ele decide a
determinada altura abandonar a casa do seu pai, um sacerdote brâmane. O objectivo é
encontrar um rumo para o seu destino.

No decorrer da aventura pela Índia, Siddhartha vive diversas experiências e aprende coisas
novas a cada passo do seu caminho. Passa pelos ensinamentos da religião, pela descoberta do
amor e pelo reconhecimento do valor da amizade. Da simplicidade da sua vida desinteressada
por bens materiais, Siddhartha conhece o valor do dinheiro e o mundo dos negócios, mas
sempre de uma forma simples que lhe é única.

Mas, a determinada altura tudo muda para Siddhartha. Ele descobre que tem um filho de
Kamala, aquela que um dia lhe ensinara todos os truques do amor. Esta descoberta faz com
que Siddhartha se aproxime das pessoas e de coisas que outrora lhe pareciam distantes e com
as quais não se identificava.

Siddhartha desiste de lutar com o destino, desiste de sofrer. Mas, no seu rosto continua sempre
a brilhar a serenidade da sabedoria.

O livro data de 1922 e continua ainda hoje a ser apreciado pelas mensagens e pensamentos
que transmite e que parecem intemporais.