A secretária de Estado, Mariana Cascais, diz que a escola inclusiva "não funciona"
Secretária de Estado da Educação no CAE
Escolas do distrito sem psicólogos




NC/Urbi et Orbi


Faltam psicólogos nas escolas do distrito de Castelo Branco. Foi essa, pelo menos, a conclusão a que se chegou na quarta-feira, 4, dia em que a secretária de Estado da Educação, Mariana Cascais, esteve no Centro de Área Educativa (CAE) de Castelo Branco.
Para esta responsável do Governo, "é evidente que este é um elemento importante na escola, nomeadamente para a orientação vocacional. Contudo, penso que a psicologia clínica não é função das escolas", afirma Mariana Cascais.
Depois de uma reunião com docentes do distrito, a secretária de Estado chegou à conclusão que a escola inclusiva "não funciona", mas mostra-se empenhada em resolver o problema. Manifestando algumas dúvidas em relação a este tipo de ensino, Mariana Cascais entende que "não podemos ter a pretensão de integrar todas as situações. Temos que responder a algumas necessidades especiais, com soluções especiais. Se não, não integramos ninguém".
Em relação à suspensão curricular no 12º ano, a secretária de Estado garante que neste momento está a ser elaborado um documento que terá a matriz curricular daquilo que vai ser o ensino secundário. "O que nós suspendemos foi por uma questão, não apenas economicista, mas também de operacionalidade, dado que os 18 cursos tecnológicos eram praticamente inviáveis. A sua área de projecto ou estudo têm que ser revistos e requacionados" explica Mariana Cascais. Por isso, diz a secretária de Estado, "há que canalizar verbas para outras situações, nomeadamente para o desenvolvimento da aprendizagem da matemática, português e ciências, disciplinas em que os alunos têm muitas dificuldades e em que são pouco competitivos a nível europeu". Mariana Cascais garante que a revisão curricular estará pronta dentro de um mês. No entanto, só será lançada em 2003/2004.