Proporcionar aos concorrentes a possibilidade de se apresentarem em palco é, segundo Campos Costa, um dos objectivos do IV Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona
IV Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona
Covilhã recebe artistas do mundo inteiro

Os instrumentistas que tocam violino, violoncelo, viola e contrabaixo vão ter a oportunidade de se juntar na Covilhã. A IV edição do Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona vai juntar artistas de todo o mundo.


Laura Sequeira
NC/Urbi et Orbi


O IV Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona "é um meio fundamental para a Covilhã ser conhecida mundialmente", salienta Maria Filomena Gomes, da Delegação da Covilhã da Juventude Musical Portuguesa, entidade organizadora do evento. O auditório da Universidade da Beira Interior (UBI) vai ser, uma vez mais, o palco escolhido para a realização das provas do Concurso, que vai já na quarta edição e que terá início a 11 de Abril do próximo ano, cujas inscrições estão abertas a todo o mundo.
Nuno Saraiva, membro da entidade que organiza a iniciativa, faz notar que "o consurso Júlio Cardona chega a muito mais gente no mundo que o Sporting da Covilhã". "É fundamental que o público da cidade tenha a percepção que existe aqui uma coisa com dimensão mundial e que faz com que sejamos falados por este motivo mundialmente", salienta, por outro lado, Maria Filomena Gomes. O único concurso com os quatro instrumentos de arco da Europa conta com o alto patrocínio do Presidente da República, Jorge Sampaio, Câmara Municipal da Covilhã, entre outras entidades. Manuel Campos Costa, presidente da Delegação da Covilhã da Juventude Musical Portuguesa, realça "a simpatia de todos os intervenientes da Universidade da Beira Interior (UBI)", que contribui, deste modo, com a iniciativa.
A grande novidade do Concurso de 2003 é a inserção do contrabaixo. "É sempre de esperar que o violino e o violoncelo sejam as modalidades mais participadas", explica Nuno Saraiva. No entanto, Campos Costa lembra que "o contrabaixo foi sempre tido como instrumento de orquestra, mas agora surge como instrumento solista de altíssima qualidade".
"Incentivar os artistas de arco e proporcionar aos concorrentes a possibilidade de se apresentarem em público" são os objectivos fundamentais do concurso, tal como explica Campos Costa. As peças que vão ser tocadas são várias. As obras de autores portugueses são obrigatórias e uma das peças é de Melo e Castro, autor covilhanense.
Em relação às expectativas, nomeadamente no que concerne à afluência de público, Nuno Saraiva afirma que "há sempre a ideia que um concurso deste género é uma coisa para as elites, o que não é verdade". "As pessoas da Covilhã podem ter orgulho por termos cá esta iniciativa", remata.