O Grito da Gaivota



de Emmanuelle Laborit







"O Grito da Gaivota" confronta-nos com uma realidade que em geral pouco conhecemos. Convida a partilhar as experiências, tantas vezes dolorosas, do dia-a-dia dos que vivem envoltos no silêncio e na incompreensão.
Emmanuelle Laborit é a protagonista deste testemunho, marcado pela memória de um crescimento diferente. A escritora é surda profunda e através deste livro relata a história pessoal de alguém que sempre viveu no silêncio e que nunca conseguiu viver à distância da comunicação.
Gaivota em francês "muette", confunde-se com "muette", muda. Foi a alcunha que a família pôs a Emmanuelle Laborit quando esta em pequena se esforçava por comunicar.
Uma das ideias essenciais da obra consiste na defesa da linguagem gestual como um meio de comunicação tão eficaz como a linguagem oral. Trata-se do primeiro livro escrito por um surdo destinado a surdos e ouvintes. Um relato intenso de uma vida vista pelos olhos de uma menina e contada pelo sentir de uma mulher.