| Filial de Pinhel atingida pela 
                        crise Rhode dispensa 424 trabalhadores
 
 A segunda maior empresa 
                        do distrito vai mandar para casa, já a partir de 
                        21 de Outubro, 424 trabalhadores. A medida vem no seguimento 
                        da dispensa temporária de quase mil empregados 
                        da "empresa-mãe", em Santa Maria da Feira.
 
 
                         
                          |   | NC/Urbi et Orbi |   
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 A filial de Pinhel da empresa de calçado Rhode vai 
                      começar a dispensar trabalhadores já a partir 
                      do dia 21 deste mês. A dispensa é agora confirmada, 
                      depois da empresa, há três semanas atrás, 
                      ter anunciado medidas de "lay off" (dispensa temporária) 
                      até um mês, de quase mil empregados na sede, 
                      em Santa Maria da Feira.
 O sistema alternativo ao despedimento vai envolver 424 dos 
                      625 operários da filial, divididos em dois turnos 
                      de duas semanas cada. Tal anúncio foi feito ao trabalhadores 
                      na sexta-feira, 27 de Setembro, pelo Relações 
                      Públicas da Rhode, o qual diz que "foi aceite 
                      com compreensão". Sidónio Lamoso considera 
                      que a segunda maior empresa do distrito da Guarda está 
                      a "sofrer as consequências dos problemas económicos 
                      internacionais, dificuldade nas vendas do produto e excesso 
                      de stock, mais visíveis no calçado de tipo 
                      roflex". Aplicado pela primeira vez em Pinhel, o sistema 
                      de dispensa temporária é, segundo aquele porta-voz, 
                      "a melhor solução, em termos orgânicos". 
                      "Apesar de haver prejuízos para ambas as partes, 
                      empresa e operários, é a medida preferível 
                      para evitar despedimentos", assegura Sidónio 
                      Lamoso, garantindo que, apesar da crise mundial, "não 
                      existe qualquer risco da Rhode fechar em Portugal, pois 
                      o corte e costura do calçado são apenas feitos 
                      no País, sendo que a Alemanha e Áustria se 
                      dedicam aos acabamentos".
 Os trabalhadores de Pinhel, enquanto estiverem dispensados, 
                      vão continuar a receber o equivalente ao salário 
                      mínimo nacional ou dois terços do seu ordenando, 
                      tal como está previsto pela Lei.
 
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