As dúvidas persistem quanto ao traçado do TGV
Solução é a mais económica
Transbordo pelo Entroncamento volta a "meter" TGV no distrito

O Governo admite um transbordo do TGV pelo Entroncamento. Com esta solução, o "T" deitado volta a ganhar forma e a saída por Cáceres também. Logo, o distrito pode ficar de novo abrangido pela alta velocidade.


NC/Urbi et Orbi


A notícia foi publicada pelo "Expresso" do passado sábado: a solução que o Governo está a ponderar para a ligação de TGV entre Lisboa e Madrid implica um transbordo no Entroncamento. Apesar da decisão ainda não estar tomada, fonte do ministério das Obras Públicas, citada pelo mesmo semanário, afirma que o Governo estará inclinado para o "T" deitado, em que as cidades de Lisboa e Porto ficariam ligadas uma à outra, tendo a meio uma saída para Espanha, em direcção a Madrid, com entrada no País vizinho por Cáceres. A mesma fonte diz que esta solução favorece mais "a coesão nacional, colocando Lisboa e Porto quase à mesma distância da capital espanhola". Para além disso, esta é a solução mais económica, já que custa entre 2500 e 3000 milhões de euros. As outras duas são um duplo "T", com saídas por Salamanca e Badajoz, com custos na ordem dos 3500 milhões de euros, e um "L", com apenas uma saída por Badajoz, a custar entre 2200 a 2750 milhões de euros.
Porém, com o "T" deitado, os passageiros teriam que mudar de comboio no Entroncamento, por incompatibilidade de carruagens devido às diferentes larguras entre carris adoptada na península e no resto da Europa. Caso se opte por este trajecto, Salamanca fica fora do projecto e assim, também o distrito da Guarda, embora esta saída fosse a que reuniu mais consenso após a cimeira luso-espanhola da passada semana. Porém, decisões, só mesmo mais tarde.