| Teatro no Art`UBIOs Maias revisitado
 
 Num cenário minimalista cinco actores 
                        subiram ao palco do Teatro-Cine para dar nova roupagem ao romance de Eça 
                        de Queiróz.
 
 
                         
                          |   | Por Ana Rodrigues |   
                          |  |  
 Foi perante uma plateia bem composta e atenta que a peça Os Maias 
                      subiu ao palco do Teatro-Cine da Covilhã na passada terça feira, 22, 
                      pela mão da companhia de teatro Baal 17.
 Este espectáculo, inserido na sétima edição da Art`UBI, 
                      Mostra de Artes da Universidade da Beira Interior, é uma encenação 
                      de Luís Cruz inspirada no romance homónimo de Eça de Queiróz. 
                      "A ideia foi procurar os traços mais característicos de algumas 
                      personagens, desenhar o romance central e contar o principal do que é Os 
                      Maias", diz Rui Garcia, um dos actores.
 Segundo Rui Garcia, o paralelismo que podemos fazer entre a peça e o romance 
                      "é a crítica social e política a um Portugal que anda 
                      sempre na cauda em relação aos outros países" e sublinha 
                      que esta é uma peça completamente contemporânea.
 O cenário resume-se a um único e enorme puff branco, diferente todos 
                      os dias. Ele molda-se. E isso acaba por ser também um desafio para os cinco 
                      actores, a habituação ao espaço físico. A actriz Sónia 
                      Botelho confessa que há uma intenção na forma como se devem 
                      movimentar em cima do puff, mas o resto acontece naturalmente.
 Para os actores, a grande adesão do público e as reacções 
                      sentidas ao longo de todo o espectáculo foram uma agradável surpresa. 
                      E acrescentam que talvez tenha sido mais o texto a gerar curiosidade nas pessoas.
 Por agora a Baal 17 pensa já na nova peça. O Cerejal, 
                      de Tchékov que tem estreia marcada para breve em Serpa, na sede da companhia.
 
 |