| O NERCAB (Núcleo Empresarial da Região de Castelo Branco) alertou 
                        os empresários do distrito para o aumento de impostos previsto para 2003. 
                        Em conferência de imprensa no passado dia 31, Luís Veiga acusou o 
                        Governo de querer colmatar os problemas de tesouraria do Estado através 
                        do PEC- Pagamento Especial por Conta das empresas. O presidente do NERCAB explica 
                        que o valor da colecta mínima proposta no Orçamento de Estado para 
                        o próximo ano vem aumentar em mais de 50 por cento a carga fiscal das empresas."Esta situação penaliza as Micro e as PME que constituem a 
                        base económica do distrito de Castelo Branco", salienta Luís 
                        Veiga que acrescenta que "medidas como esta levam a que o investimento na 
                        Beira Baixa, ao contrário do que era esperado, seja fortemente reduzido".
 Segundo a medida que a ministra das Finanças pretende pôr em prática 
                        a contabilidade do PEC vai definir como base da contabilidade de cálculo, 
                        não só o volume dos negócios, mas também os proveitos 
                        e ganhos das empresas. Esta situação vai alterar os dois tipos de 
                        regime, o simplificado e o geral.
 Actualmente, no regime simplificado, o PEC é tributado sobre um lucro mínimo 
                        de quatro mil 176 euros mas segundo a proposta do Governo o valor passa a ser 
                        de seis mil 250 euros. Os empresários que tenham optado por este tipo de 
                        regime pagarão no mínimo 940 euros em vez dos 626 euros que pagam 
                        actualmente. Segundo Luís Veiga, no regime geral a situação 
                        é ainda mais grave.
 O presidente do NERCAB lembrou que já tinha alertado para o que chama "injustiça 
                        fiscal em curso" no IV Congresso dos Empresários do Centro realizado 
                        no dia 19 de Outubro em Aveiro. Mas, segundo Luís Veiga são ainda 
                        poucos os empresários que têm conhecimento do que vão pagar 
                        a título de IRC em 2003.
 O NERCAB propõe que se mantenha o regime actual em vigor que apesar de 
                        injusto não cria tantas dificuldades aos empresários nem envolve 
                        a sobrecarga de impostos agora prevista. Para manifestar a sua posição 
                        o Núcleo Empresarial da Região de Castelo Branco já enviou 
                        uma carta ao primeiro-ministro e à ministra das Finanças.
 Sondagem às empresas do distrito "Estamos a atravessar um momento difícil na região. Queremos 
                        saber quais os pontos que os empresários consideram mais importantes e 
                        traduzi-los a quem deve tomar medidas concretas", frisa Luís Veiga. 
                        Com esta finalidade está a ser realizada uma sondagem à actividade 
                        empresarial. Mil e 500 empresas do distrito são convidadas a responder 
                        a um conjunto de questões que visam reconhecer os principais constrangimentos 
                        com que se deparam os empresários nos seus negócios. O anonimato 
                        está garantido e as respostas podem ser dadas on-line ou através 
                        de correio tradicional. Dados sobre a empresa, questões relacionadas com 
                        os trabalhadores, a conjuntura económica e os factores de risco mais relevantes 
                        para as actividades em causa são alguns do pontos que vão entrar 
                        na estatística final. As conclusões da sondagem "Pulsar da Economia da Beira Baixa" 
                        serão apresentadas na FERCAB no dia 28 de Novembro, altura em que serão 
                        atribuídos os Galardões Empresa Notável 2001. A presença 
                        no certame de Carlos Tavares, ministro da Economia e de José Luís 
                        Arnaut, ministro adjunto de Durão Barroso permitirá, segundo Luís 
                        Veiga, "recolher e trocar opiniões sobre os resultados da sondagem".
 
  
 
 
 |