Laura Sequeira
NC/Urbi et Orbi


O Banco do Tempo funciona no Gabinete de Atendimento ao Município da Câmara

O Banco do Tempo no Fundão, que abriu há seis meses, na Câmara, tem como principal objectivo a troca de serviços. Construir uma cultura de solidariedade, promover a construção de relações sociais mais humanas, valorizar o tempo e o cuidado dos outros, promover a articulação entre várias instituições, estimular os talentos e promover o reconhecimento das capacidades de cada um independentemente das regras de mercado são as bases do projecto.
Com 12 membros inscritos, o Banco do Tempo do Fundão tem ao dispôr de quem estiver disposto a dar e receber, os mais variados serviços. O acompanhamento ao médico, as pequenas reparações domésticas, as correcções literárias, lições de pintura e até mesmo passar a ferro são algumas das actividades que os membros já estão disponíveis para trocar.
Segundo Teresa Tavares, coordenadora do projecto, o Banco do Tempo "não é voluntariado, é uma troca de serviços. Os serviços dados são recebidos". Teresa Tavares explica ainda que a iniciativa se caracteriza por "ser um banco como outro qualquer, mas aqui a moeda de troca é o tempo".
Segundo os princípios do Banco do Tempo, "não há serviços mais valiosos do que outros". Um dos requisitos do projecto é que "os serviços prestados correspondam a actividades não profissionais que se realizem com gosto".
A adesão ao Banco do Tempo é voluntária e as trocas são indirectas, ou seja, "os serviços trocados são, preferencialmente entre gente que não se conhece", salienta Teresa Tavares.
A coordenadora do projecto explica que quando se quer um serviço basta "ir à agência e procurar um membro que esteja disponível". Teresa Tavares garante que o projecto é regulado por uma "filosofia de interesse comum".