No dia 26, foi exibido o filme "Batalhas", seguido de "Os Caminhos
de Babel". Apesar do festival tratar sobretudo de temas relacionados com
a ciência e as novas tecnologias, a manhã de terça feira foi
atribuída ao tema das Ciências Humanas.
O filme "Batalhas" tratou a Guerra da Restauração, política
e militarmente. De entre as Guerras podem-se destacar o Cerco de Badajoz, a Batalha
das Linhas de Elvas, a Batalha do Ameixial e a Batalha de Montes Claros, considerada
esta a última da Restauração. Todos estes combates estão
representados na sala dos painéis de batalhas, no Palácio Fronteira.
Estes painéis, constituídos por azulejos em cerâmica, traduzem
a complexidade das obras, cujos desenhos e pinturas evidenciam o que se passou
ao longo de cada batalha.
O segundo filme abordou o problema da diversidade das línguas, de onde
vêm e como são formadas. Os vários investigadores referem
que a fala pertence unicamente ao ser humano e é ela que nos permite comunicar.
Na Terra existem cerca de 7000 línguas, que reflectem a cultura e o universo
à nossa volta.
No fim deste filme interveio Reina Pereira, docente da UBI na área da linguística,
que nos levou numa viagem até às origens da língua, através
de uma conferência que tinha por nome "Interlúdio de uma romagem
glótica a Babel".
Reina Pereira expôs o Mito de Babel para tentar explicar a diversidade das
línguas, começando por dizer que no princípio, existia uma
só língua e um só povo. Este pretendia construir uma torre
para alcançar o céu. Como castigo Deus separou a língua pura
em várias línguas, e a torre nunca foi terminada, porque os homens
deixaram de se entender.
No final da conferência a docente lamentou a falta de adesão do público.
Manuela Penafria, por seu turno, defendeu que "criar um público demora
o seu tempo. Este projecto é para continuar e tem que se insistir com o
festival".
O público presente foi convidado a votar em cada um dos filmes para avaliar
a sua qualidade. Numa escala de um a cinco, os espectadores manifestaram as suas
preferências.
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