Por Catarina Rodrigues


Os BVC não dispõe dos meios adequados para actuarem em caso de acidente com este tipo de veículos

José Flávio, comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (BVC), mostrou-se preocupado no que respeita o transporte de matérias perigosas no Estrada Nacional 18 (E.N. 18). Numa moção apresentada na última Assembleia Municipal da Covilhã, realizada a 6 de Dezembro e aprovada por unanimidade, o comandante da corporação alerta para o "aumento de tráfego de viaturas pesadas de transporte de matérias perigosas, nesta via que atravessa grande parte do concelho". Uma situação que para José Flávio, "acarreta sérios riscos para a população". O troço da E.N. 18 em causa, abrange várias freguesias, nomeadamente Aldeia do Souto, Orjais, Teixoso, Canhoso, Boidobra e a zona Sul da cidade da Covilhã. Tal situação é verificada, "devido à abertura de alguns lanços do I. P. 2 entre a Guarda e Belmonte". A ligação por auto-estrada entre estes concelhos e o Fundão ainda se encontra em obras, o que provoca o desvio das viaturas pesadas de transportes de matérias perigosas para o troço da Estrada Nacional 18.
Segundo os BVC, o número de viaturas desta natureza chega às "quatro por minuto". No documento apresentado, Flávio, afirma ser "urgente" dotar a corporação dos bombeiros com material de salvamento, desencarceramento, fatos de protecção química, almofadas de selagem de cisternas e de trasfega. Outra das reivindicações feitas pelo responsável dos Bombeiros da Covilhã, vai no sentido de ser ministrada formação específica na área de Matérias Perigosas, aos respectivos elementos da corporação.
A moção vai agora ser enviada aos ministérios do Ambiente e Administração Interna, ao Governo Civil do distrito de Castelo Branco e também ao Serviço Nacional de Bombeiros.