Por Catarina Rodrigues


A Associação Mutualista atravessa um período de crise directiva

As eleições para os órgãos sociais da Associação de Socorros Mútuos da Covilhã - Mutualista Covilhanense, marcadas para o passado sábado 28, foram suspensas. A decisão partiu do Tribunal da Covilhã depois de ter despachado favoravelmente a Providência Cautelar interposta por Carlos Mineiro, actual presidente da direcção e concorrente às eleições pela lista A.
Após tomar conhecimento da decisão do Tribunal em suspender as eleições, Ramiro Reis, presidente da Assembleia Geral e concorrente pela lista B, frisa que vai recorrer da decisão do juiz. Para o fazer tem agora dez dias. Segundo o candidato pela lista B, "existem inverdades que têm de ser esclarecidas e apenas foi ouvida uma das partes". Ramiro Reis sublinha que também quer ser ouvido pelo Tribunal.
A polémica na Mutualista Covilhanense começou quando a Assembleia Geral desta instituição, recusou a lista proposta por Mineiro. Devido ao facto desta "violar os estatutos", explica o presidente da Assembleia Geral. Ramiro Reis acrescente que a Lista A, "inclui nomes de pessoas que já cumpriram três mandatos nos órgãos dirigentes. É o caso de Carlos Mineiro". Acrescenta ainda que os estatutos da Mutualista não permitem esta situação.
Ramiro Reis lembra que no passado dia 26 de Dezembro, decorreu uma Assembleia Geral da Associação de Socorros Mútuos que recusou maioritariamente a lista apresentada por Carlos Mineiro. A petição teve 52 votos contra, 32 a favor e uma abstenção. O presidente da Assembleia Geral refere que "esta situação não se pode eternizar porque só prejudica a Mutualista". Reis lamenta que a Providência Cautelar tenha sido feita contra a própria Associação.
No entender de Carlos Mineiro são "alegadas questões estatuárias" que estão a impedir a sua recandidatura ao cargo. O actual presidente da Mutualista afirma que agora vai aguardar já que "será o presidente da Assembleia Geral a decidir que procedimentos se devem tomar".