A Região Centro foi uma das zonas do País com menos decréscimo no número de dormidas
Procura turística
Região Centro com pequeno decréscimo

Entre Janeiro e Outubro, segundo o Instituto Nacional de Estatística, menos gente procurou a Região Centro para dormir. Porém, em relação a outras regiões, os números são pouco significativos.


João Alves
NC/Urbi et Orbi


A Região Centro registou, entre Janeiro e Setembro de 2002, uma quebra de 0,3 por cento no número de dormidas registadas, em relação ao período homólogo no ano anterior. São estes, pelo menos, os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no que diz respeito à Procura Turística registada no nosso País por NUTS II.
De acordo com os dados, os estabelecimentos hoteleiros recenseados (hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos e aldeamentos turísticos, motéis, pousadas, estalagens e pensões) atingiram, aproximadamente, 25,7 milhões de dormidas, um valor inferior em 1,2 por cento ao registado em igual período de 2001.
Por regiões, observaram-se acréscimos homólogos no total de dormidas no Norte (10,6 por cento) e na Região Autónoma dos Açores (9,3 por cento). As restantes regiões apresentaram decréscimos, em particular o Alentejo (-8,3 por cento), o Algarve (-4 por cento) e Lisboa e Vale do Tejo (-1,4 por cento). A Região Centro é uma das zonas com menor decréscimo. Os destinos mais procurados pelos turistas continuam a ser o Algarve, Vale do Tejo e Região Autónoma da Madeira.
Em termos de estabelecimentos, verificam-se aumentos de 12,9 por cento nos motéis e 1,5 nos apartamentos turísticos. Nos aldeamentos turísticos há um decréscimo de 3,6 por cento, dois por cento nas pensões, 1,9 por cento nos hotéis, 0,8 por cento nas pousadas e 0,6 por cento nos hotéis-apartamentos.
Os residentes em Portugal procuraram mais o seu próprio País do que no ano anterior (mais 5,7 por cento), sobretudo o Algarve (29,1 por cento), Lisboa e Vale do Tejo (21,4 por cento) e o Norte (18,2 por cento). Já os estrangeiros "fugiram" mais a Portugal (decréscimo de 4 por cento). O Algarve (47,7 por cento) a Região Autónoma da Madeira e Lisboa e Vale do Tejo (20,8 por cento) continuam a ser os destinos mais procurados.
Quanto aos proveitos totais, no Centro, houve acréscimo de 3,9 por cento. Nos proveitos de aposento, o aumento é de 4,2 por cento.

Capacidade hoteleira aumenta na Covilhã

Entretanto, na Covilhã, segundo a Região de Turismo da Serra da Estrela, a capacidade e a qualidade do alojamento turístico aumentou "de forma acentuada". Na cidade serrana existem sete unidades hoteleiras, com classificação igual ou superior a duas estrelas, as quais, na globalidade, representam uma oferta de 536 quartos e cerca de 1050 camas.
Este número deverá aumentar em 2004, com a construção da Pousada da Serra da Estrela, no ex-Sanatório dos Ferroviários, que terá 57 quartos, e o hotel das Termas de Unhais. A RTSE diz que a Covilhã tem um parque hoteleiro "moderno e de dimensões ímpares" e recorda que, por exemplo, a capital de distrito, Castelo Branco, tem apenas dois hotéis e 167 quartos. Para a RTSE, a oferta hoteleira da Covilhã é "mesmo superior a muitas zonas turísticas de praia e à de algumas cidades inseridas no roteiro do Euro 2004".