Por Catarina Rodrigues


A exposição conta com a colaboração de 15 monitores que orientam os alunos

O entusiasmo era visível no rosto dos 70 alunos do 7º ano que visitaram a exposição "Simetria e Jogos de Espelhos" no dia de abertura, 13 de Janeiro. Uma iniciativa do Departamento de Matemática (DM) que estará patente até ao próximo dia 27, na sala 6.5 da Universidade da Beira Interior.
O principal objectivo da iniciativa é trabalhar com simetrias. Estão expostos azulejos e tapeçarias com figuras simétricas. Mas, o que os alunos mais apreciam são os jogos de espelhos, através de várias experiências é possível por exemplo medir ângulos.
"Esta exposição é a prova de que como jogando os alunos podem colocar questões e aprender matemática", explica Manuel Saraiva, docente no DM da UBI. O responsável acrescenta ainda que até ao final a exposição já têm inscrições de centenas de alunos de turmas do Ensino Secundário. Para que tudo possa funcionar de forma organizada, a exposição conta com a colaboração de 15 monitores. São sete alunos e oito docentes do DM que dão explicações e orientam os visitantes nas várias experiências que lhes são permitidas.
Existem duas modalidades desta exposição, uma fixa, que está na Faculdade de Ciências do Porto e uma itinerante que vai passando por todo o País. O Pavilhão do Conhecimento em Lisboa e a Universidade do Minho foram apenas alguns locais que receberam a mostra antes da Universidade da Beira Interior. A ideia original da exposição foi concebida em Milão, na Itália. A Faculdade de Ciências do Porto adaptou-a com o apoio da Ciência Viva, da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da Reitoria da Universidade do Porto.


Professores falam de casos concretos



Na passada sexta feira, 17, realizou-se uma palestra sobre as tarefas de investigação matemática na sala de aula. Judite Barbedo e Manuela Simões, professoras de matemática no Ensino Secundário, partilharam com o público a visita que fizeram com os seus alunos do 11.º ano à exposição, há um ano atrás, no Porto. "Um relato que prova como é possível trabalhar a matemática com experiências desta natureza", sublinha Manuel Saraiva.
O testemunho destas professoras foi antecedido por uma parte teórica proporcionada por vários professores de escolas secundárias da região. Foi equacionada a importância da resolução de problemas de matemática, o papel da investigação nesta área e as aplicações que isso pode ter no ensino e na aprendizagem desta disciplina.