Carlos Pinto lançou a primeira pedra para a construção de 24 novas habitações
Casas a preços mais acessíveis
Habitação Social para trabalhadores da câmara

Tiveram início as obras para mais 24 fogos de habitação social, desta vez destinados a trabalhadores da câmara e dos serviços municipalizados. Uma cerimónia que também serviu para ouvir as principais carências da população.


Por Catarina Rodrigues


Foi lançada a primeira pedra para a construção de dois blocos de habitação social no Bairro da Biquinha. São 24 casas destinadas aos trabalhadores mais carenciados da Câmara Municipal da Covilhã e Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS). Alfredo Marques presidente dos Serviços Sociais e Culturais dos Trabalhadores do Município considera tratar-se de um "desejo de há muitos anos".
O presidente dos Serviços Sociais sublinha que este tipo de habitação "é uma necessidade". Os 24 fogos estão avaliados em um milhão e 300 mil contos. O terreno foi cedido pela autarquia, o que vai permitir que as habitações sejam adquiridas a preços mais acessíveis. Alfredo Marques explica que "as casas terão gás canalizado, garagens e acabamentos de qualidade". As chaves serão entregues no início do próximo ano.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã tenciona lançar mais dois grupos de 24 casas, até 2005, para o mesmo efeito. O autarca considera que "ao contrário do que se pensa, a maioria dos funcionários públicos são mal remunerados, daí a importância desta ajuda".
À semelhança do que aconteceu com a cantina, a autarquia está também a ajudar na construção de um edifício junto aos SMAS que visa albergar um infantário destinado aos filhos dos trabalhadores da câmara e dos SMAS. A obra está quase concluída. Segundo o presidente dos Serviços Sociais "apenas falta a parte interior, os equipamentos e o pessoal". O novo infantário terá capacidade para cem crianças e será inaugurado até ao final do ano. O espaço albergará ainda um posto médico, uma sala convívio, uma sala de formação para os trabalhadores e a parte administrativa dos Serviços Sociais.
O presidente da edilidade aproveitou o início das obras de habitação social, no passado sábado 8, para visitar o Bairro do Património junto à Biquinha. Os moradores pediram ajuda à autarquia para melhorarem as casas em que habitam. Helena Lucas, uma das residentes lamenta "as condições precárias" em que vive. Afirma que a sua casa tem "infiltrações de água constantes" à semelhança do que acontece com quase todos os moradores deste bairro, que em tempo pertenceu à diocese da Guarda. Carlos Pinto prometeu ajudar e afirmou que "a autarquia vai fazer algumas intervenções nas casas para resolver os problemas existentes". O autarca lembrou ainda que naquela zona serão entregues 12 novas habitações no próximo mês de Outubro.

EDP pode ser posta em tribunal

A falta de iluminação pública foi uma das principais críticas feitas pelos moradores do Bairro da Biquinha. O presidente da autarquia atribui as culpas à EDP e acusa a empresa de "não cumprir com as suas obrigações".
Pinto admite estar disposto a fazer tudo o que estiver ao alcance da edilidade para pôr fim à situação. Uma das hipóteses levantadas pelo autarca é "pôr a EDP em tribunal". O edil assegura que a empresa pode ser "responsabilizada por negligência pública" em determinados locais e acrescenta que "a iluminação tem que ser modernizada e a resposta não pode ser de meses, mas sim de semanas ou até dias".