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A maioridade aos três
Nasceu há três anos. Foi por alturas da comemoração
do 55º aniversário da libertação do campo de concentração
nazi de Auschwitz pelas tropas aliadas. A este propósito, apresentou,
no seu número zero, um artigo intitulado "Horror Absoluto", em
que o rigor e o detalhe eram associados a imagens a preto-e-branco numa combinação
altamente sugestiva. Foi uma nascença inesquecível, em que o recém-nascido,
que tinha letras de várias cores, uma tez completamente transparente e
era orgulhosamente dedicado pelo seu pai à Cidade, ao Mundo e ao Resto,
surgia pré-destinado a ocupar um lugar de destaque no espaço do
jornalismo sério, crítico, moderno, interventivo e com preocupações
éticas. Aos dois meses teve o seu primeiro "cartoon", que representou,
apenas, o início de uma série incomodativa, mas de muito bom gosto,
que atingiu rapidamente o seu auge e se tornou uma grande catalizadora de leitores,
ao mesmo tempo que proporcionava um ambiente tão agradável entre
"ubianos" quanto intrigante para o Resto (do Mundo). Com um ano de idade
já tinha uma cara completamente diferente, mas ainda alegre e rejuvenescida
pela introdução do rodapé de utilidades. Aos dois anos tinha
atingido a maturidade e procurava "novos métodos para informar, formar
e distrair, cada vez mais e melhor". No seu terceiro aniversário confirmam-se
as expectativas. Apesar de já apresentar alguns tons mais escuros na sua
face, desempenha um lugar de destaque na vida dos seus leitores, mesmo daqueles
que estando no estrangeiro sentem necessidade de saber, sem demoras e de uma forma
clara, o que se passa na Covilhã, em Portugal e no Resto. Para todos os
que sentem a satisfação de produzir sem complexos, os mais sinceros
parabéns e votos de muitos anos de vida.
*docente na UBI
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