Luís Fonseca*

A prática do Urbi


O Urbi é bom, desde logo, porque é de borla. Desculpem o desabafo, mas esta estória de vários órgãos de informação do nosso País nos querem a pôr a pagar tudo o que é conteúdo on-line é um desrespeito para com o fiel público que alistaram nos últimos anos. Que se pague por novas "features", como um extra de determinado produto, até se compreende, mas bloquearem o que até aqui esteve disponível? Se têm problemas financeiros, que façam como nós, todos os dias: desenrasquem-se, sejam exigentes e criativos. Não nos faltem ao respeito pedindo esmola por algo que sempre foi gratuito e o continua a ser noutros países.
Mas mal fosse que não houvesse nenhuma outra razão para visitar e ler o Urbi. Destaca-se o facto de ser umas das melhores fontes para saber, semanalmente, o que vai sendo notícia dentro da Universidade da Beira Interior (UBI), graças ao tratamento jornalístico de quem lá estuda Ciências da Comunicação. A esses alunos são devidos os parabéns. A eles que, ano após ano, vão fazendo do Urbi uma séria referência da experiência universitária no âmbito do jornalismo on-line. A eles que pelo resto da vida profissional vão mostrando o bem que o Urbi faz, não fosse parte da crucial componente prática que felizmente desabrochou na licenciatura em Ciências da Comunicação da UBI no sentido de conferir cada vez maiores e reais competências profissionais a quem ali se forma.
Se calhar, aos olhos do leitor, de uma forma ainda demasiado serena. Se calhar um pouco sisuda. Se calhar a precisar de uma pitada de audácia e outra de genial loucura experimental. Se calhar... podem ser ingredientes para mais um ano de edições on-line, servindo de exemplo contra quem ousa pedir esmolas on-line...

Parabéns!



*Director do Diário XXI