João Alves
NC/Urbi et Orbi




O PS Belmonte tem desde o passado dia 24 de Janeiro eleita uma nova concelhia. A mesma tomou posse no sábado, 8, e tem na liderança Maria da Graça Amaro.
A nova líder espera que o PS tenha, no futuro, um grupo de trabalho "colaborante", que esteja sempre atento e acompanhe "a vida autárquica do concelho". Embora o PS tenha sofrido, nos últimos tempos, com os processos de refiliação, algumas baixas em Belmonte, Graça Amaro salienta que isso "acontece em qualquer partido" e muitas vezes, como no caso de Belmonte, essa não refiliação até acaba por acontecer devido a "esqucimentos". Para o futuro da concelhia, a nova líder pretende uma reestruturação do partido, o resurgimento "da velha guarda" e ao mesmo tempo, a introdução de elementos mais jovens. Quanto à actuação da distrital do PS, nos últimos anos, Graça Amaro classifica-a de boa. E tendo em conta que a distrital vai a votos dentro de pouco tempo, não se coíbe de apoiar "pessoalmente" Fernando Serrasqueiro, que já decidiu que se vai recandidatar, embora possa vir a sofrer a concorrência de Sampaio Lopes, que se mostra disponível para concorrer às eleições.
Também presente da cerimónia esteve o presidente da autarquia belmontense, Amândio Melo, que resalva que ser líder de uma concelhia é um cargo "de importância em termos locais", uma vez que a intervenção dos partidos na vida local pode ser "um contributo valioso para o desenvolvimento dos concelhos". Ressalvando ser independente, ou seja, não ter filiação partidária, Melo salienta que o contributo do PS pode sempre ser útil com a introdução de novos conceitos e novas propostas.

 




A estrada continua num estado lastimável



Acesso à A23 à espera do Instituto de Estradas


À margem da cerimónia, Amândio Melo voltou a falar do acesso do concelho à A23, pela estrada de Maçaínhas, que continua muito degradada e em alguns sítios, sem gota de alcatrão. O autarca diz que, na passada semana, reuniu com responsáveis do Instituto de Estradas de Portugal (IEP) e que espera que este instituto interceda junto da SCUTVIAS "para que esta desenvolva as suas obrigações contratuais". Amândio Melo alega a cláusula 36/1 do contrato estabelecido com a autarquia e afirma que se a SCUTVIAS não reparar a via, está em incumprimento.
Recorde-se que o acesso à A23 está há já bastante tempo degradado e que a Câmara diz que tal estado de coisas se deve às obras para construção da Auto-Estrada. O intenso trâfego de camiões numa estrada que não estava preparada para isso levou à sua deterioração e desde então a autarquia alega que o contrato previa a reparação de vias danificadas em consequência da construção da A23. Porém, a SCUTVIAS, concessionária da Auto-Estrada alega não ter responsabilidades. A verdade é que a Câmara começou a recuperar a via e garantia que a factura ia para a concessionária e pediu inclusive à Provedoria de Justiça a instauração de um inquérito para apurar responsabilidades. A verdade é que a estrada continua praticamente intransitável e, inclusive, de modo a que os automobilistas não a utilizem, já foram retiradas as placas de sinalização que remetem para o acesso, junto da nacional 18 e junto ao cruzamento de Maçaínhas.