Ampliação da Zona Industrial
Falta de investimento gera discórdia

Cerca de 40 empresas já enviaram o pedido de instalação na zona industrial. Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco, não quer grandes empresas. A oposição garante que o investimento é pouco.

NC/Urbi et Orbi


A ampliação da Zona Industrial de Castelo Branco ficará concluída no início do Verão. Cerca de 40 empresas já enviaram para a Câmara Municipal o pedido de instalação para uma área de 130 hectares. Este é o motivo de discórdia entre autarquia e oposição. Segundo Manuel Candeias, deputado municipal pelo PSD, "há seis anos que a zona industrial não tem uma empresa nova e não gera emprego".
Joaquim Morão, presidente da autarquia albicastrense, considera que "a Câmara não está interessada nas grandes indústrias, uma vez que só trazem problemas". No entanto, o autarca admite que as candidaturas para a instalação na zona industrial são de empresas de pequenas dimensões e que já se encontram a laborar no centro da cidade. Joaquim Morão justifica que "estamos numa fase em que há cada vez menos indústria. Os investidores são gente da região que quer ter o seu negócio e empresa".
A oposição garante que a falta de investimento se deve "à falta de incentivos suficientes e pelas taxas elevadíssimas praticadas pela autarquia", refere Manuel Candeias que afirma que "o que interessa é que venham empresas que dêem emprego aos técnicos que se formam no Instituto Politécnico de Castelo Branco". Face ás críticas, Joaquim Morão salienta que "a Câmara está a adaptar os regulamentos da zona industrial aos novos tempos e realidades". O autarca prevê que a ampliação da referida área traga um aumento de 500 postos de trabalho.
A zona industrial conta, neste momento, com 86 empresas a funcionar distribuídas pelo sector das confecções, empresas do frio, do ramo alimentar e algumas empresas de componentes.