|  Central de Compostagem recebe visita de estudoDe pequenino é que se torce o pepino
 
 Sensibilizar as crianças para o que acontece 
                        ao lixo urbano foi o objectivo de uma visita de estudo de duas escolas do Ensino 
                        Básico. Peroviseu e Alcaria levaram 65 crianças à Central 
                        de Compostagem da Cova da Beira.
 
 
 
                         
                          |   | Por Andreia Reis |   
                          |  |   "É nossa preocupação sensibilizar as crianças 
                        para o tratamento do lixo", afirma Catarina Fonseca, engenheira da Associação 
                        de Municípios da Cova da Beira, referindo-se à visita de estudo 
                        de duas escolas à Central de Compostagem. Para além de ser um dia 
                        diferente para 65 crianças, "é importante que elas fiquem a 
                        saber como isto funciona", refere Catarina Fonseca.
 As escolas do primeiro Ciclo do Ensino Básico de Alcaria e Peroviseu tiveram 
                        a oportunidade de ver, no dia 21, o que acontece ao lixo e ao que ele dá 
                        origem. Todo o processo de tratamento da Associação de Municípios 
                        da Cova da Beira (AMCB) "passa também por englobar a parte da educação 
                        ambiental", salienta Catarina Fonseca. A técnica de ambiente destacou 
                        que "são as crianças o futuro da região e são 
                        elas que vão ensinar os pais, os familiares e os amigos".
 São 14 os municípios que integram a AMCB. Na Central de Compostagem 
                        as crianças viram um pouco das cerca de 200 toneladas de lixo que entram 
                        diariamente vindas destes municípios. A Central de Compostagem transforma 
                        todo o lixo num composto que mais tarde se torna na base de um fertilizante natural.
 Maria Helena, professora da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de 
                        Peroviseu mostrou-se satisfeita por ter trazido os seus alunos à visita. 
                        Considera esta "iniciativa importante para sensibilizar as crianças 
                        sobre as questões ambientais e é uma forma de elas desmistificarem 
                        a lixeira". Confessa ainda que não sabia para o que vinha e agora 
                        vê que tem aqui "matéria para trabalhar na escola".
 
 O lixo também tem destino
 
 O Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos da Cova da Beira engloba 
                        a Central de Compostagem e o aterro sanitário de apoio.
 Todo o lixo que entra diariamente na Central é descarregado para máquinas. 
                        Dá-se então início ao processo da compostagem. Segue-se "o 
                        tratamento físico onde os lixos são separados de acordo com as suas 
                        dimensões", sublinha Catarina Fonseca. Depois da separação, 
                        o lixo vai fermentar cerca de 20 dias e dará origem àquilo que se 
                        chama composto final.
 Segundo Catarina Fonseca, "com a sensibilização e ajuda das 
                        crianças", o lixo chegará à Central mais separado e 
                        em quantidades mais pequenas. Por isso a engenheira considera que a dimensão 
                        do aterro sanitário é "suficiente", ao contrário 
                        do que alguns autarcas têm dito ultimamente.
 
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