| De 2000 para 2002 houve um aumento de 165 ofertas 
                      de estágio para os alunos da Universidade da Beira Interior. Dados revelados 
                      pelo Gabinete de Estágios (GE) da instituição indicam que no 
                      ano passado foi atingido o número mais elevado de sempre, com 623 ofertas. 
                      O Gabinete de Estágios da UBI funciona no Centro de Estudos e Desenvolvimento 
                      Regional (CEDR) desde 1996. Surgiu no intuito de ajudar os alunos a encontrar o 
                      primeiro emprego. Segundo Mário Raposo, vice-reitor da UBI, "o Gabinete 
                      de Estágios é uma aposta ganha". Todos os anos é criada uma base dados com as inscrições dos 
                      estudantes. O GE funciona não só para licenciados, mas também 
                      para alunos que ainda não terminaram o curso. O serviço prestado pelo 
                      gabinete é, segundo Mário Raposo, "fundamental, apesar de ainda 
                      pouco conhecido". Caracteriza-se por uma "excelente política de 
                      divulgação na Universidade". São os alunos dos últimos 
                      anos das licenciaturas os que melhor conhecem o trabalho desenvolvido no GE. Quando 
                      se aproxima o final do curso as preocupações com a procura de emprego 
                      aumentam. É nessa altura que a grande maioria dos estudantes recorre ao Gabinete 
                      de Estágios.
 Licínia Frasão é apenas uma das alunas da UBI que recebeu ajuda 
                      do GE. Licenciada em Gestão, começou a trabalhar quando ainda nem 
                      tinha concluído o curso. "O Gabinete de Estágios ajudou-me em 
                      tudo", refere. Faltavam-lhe três cadeiras para acabar a licenciatura 
                      quando decidiu entregar o currículo no GE. A partir desse momento o Gabinete 
                      de Estágios deu-lhe "uma grande ajuda". Surgiu uma proposta de 
                      trabalho da empresa Gás Canalizado do Centro e Licínia aceitou.
 Por um lado, o GE mantém contacto com os alunos e por outro com as empresas 
                      das mais diversas áreas. Sempre que há oferta de emprego é 
                      feita a divulgação junto dos vários Departamentos da UBI. "As 
                      próprias empresas já procuram o GE no intuito de divulgar a sua oferta 
                      de emprego", sublinha o vice-reitor. No entender de Mário Raposo, "as 
                      empresas vêem na Universidade um parceiro activo, por isso é importante 
                      conseguir responder às necessidades com recursos humanos qualificados". 
                      "O objectivo é que num futuro próximo toda a informação 
                      seja colocada on-line", adianta. Uma forma de aumentar a comodidade dos alunos 
                      que deste modo poderiam consultar a informação disponível e 
                      até mesmo inscreverem-se via internet.
 Carla Delgado, licenciada em Economia na UBI conseguiu o Estágio Profissional 
                      do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) na Biblioteca 
                      Central através do GE. Trabalha na parte de aquisição de livros 
                      desde o passado mês de Outubro. Recorda que "o Gabinete de Estágios 
                      prestou todas as informações necessárias e estabeleceu relações 
                      com o IEFP, o que permitiu a concretização do estágio".
 
 
 
                         
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                              Ajudar alunos da UBI e não só
 
 
 |   A informação é divulgada junto dos vários Departamentos 
                              da Universidade
 |  No ano passado a oferta foi superior à procura, mas Mário Raposo 
                        lembra que "nem sempre as ofertas se concretizam em estágio emprego". 
                        Há também cursos com mais dificuldade em arranjar estágios 
                        do que outros. Os cursos relacionados com as humanidades, como é o caso 
                        da sociologia, são as áreas onde as dificuldades são maiores. 
                        "Também o Desporto atravessa um período complicado", refere 
                        o vice-reitor. Os estudantes de Gestão, Economia e das Engenharias têm 
                        "estágio praticamente garantido", frisa Raposo. O responsável 
                        acrescenta que "no caso da informática os alunos quase escolhem o 
                        local onde querem trabalhar". De um modo geral, Mário Raposo defende 
                        que tem havido uma "boa taxa de cobertura de quase todos os cursos". 
                        A UBI dispõe, desde 1998 de uma UNIVA, ou seja, Unidade de Inserção 
                        na Vida Activa. Financiada pelo Instituto de Emprego e Formação 
                        Profissional (IEFP), a UNIVA tem com função principal auxiliar as 
                        pessoas que procuram emprego. Mário Raposo explica que "a UNIVA tem 
                        um âmbito mais abrangente do que o Gabinete de Estágios porque ajuda 
                        não só os alunos da Universidade como qualquer tipo de estudantes 
                        ou pessoas desempregadas". No entanto, as duas áreas estão 
                        interligadas e até funcionam no mesmo local.
 Enquanto o GE está mais direccionado para os alunos da UBI, a UNIVA destina-se 
                        a qualquer pessoa desempregada. Indicar às pessoas o modo de fazer um currículo 
                        ou como escrever uma carta de apresentação são apenas alguns 
                        dos serviços desenvolvidos por esta unidade. Mário Raposo lembra 
                        que "a UNIVA está aberta ao exterior e tenta fazer a ligação 
                        entre a procura e a oferta de emprego".
 
 
                         
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                               Para além da ajuda prestada pelo Gabinete 
                                de Estágios é incentivado o espírito empreendedor 
                                dos alunos
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 Incentivo à criação de empresas
 |  Os cursos de Gestão e Design da UBI têm, no último ano, uma 
                        cadeira denominada criação de empresas. O objectivo é segundo 
                        Mário Raposo, "incentivar os alunos a criarem as suas próprias 
                        empresas". Considera-se importante que para além da licenciatura os 
                        estudantes tenham um espírito empreendedor. O vice-reitor está convencido 
                        que num futuro próximo também os cursos das Engenharias irão 
                        adoptar uma cadeira deste género."A Universidade da Beira Interior foi pioneira no estudo do empreendedorismo 
                        em Portugal", frisa Mário Raposo. A UBI faz parte, desde o ano lectivo 
                        de 1989/90, de um conjunto de universidades europeias com doutoramento na área 
                        do empreendedorismo e criação de pequenas e médias empresas.
 Nos dias que correm, Mário Raposo considera "fundamental" estimular 
                        o espírito empreendedor dos alunos de forma a que eles possam por iniciativa 
                        própria, criar empresas. "Quanto mais empresas, mais emprego e geração 
                        de riqueza o que estimula o desenvolvimento do País", remata.
 
 
 
 
                         
                          |   Um passo para o mundo 
                               
                                |  |  
                                    
 Sem qualquer ligação com o Gabinete de Estágios 
                                      surgiu a AISEC. Esta Associação Internacional de Estudantes 
                                      do Sector Económico e Comercial apareceu na UBI há 
                                      dez anos, apesar de existir desde 1948. A AISEC está presente 
                                      em 700 universidades distribuídas por 84 países de 
                                      todo o mundo.
 A associação dispõe de um programa de estágios 
                                      internacionais na área de gestão, marketing, finanças, 
                                      economia e tecnologias da informação. Henrique Ferreira 
                                      é membro da direcção do comité da AISEC 
                                      na UBI. Este aluno do 3º ano de Gestão explica que a 
                                      associação arranja estágios no estrangeiro 
                                      para portugueses, e estágios em Portugal para estrangeiros. 
                                      "É um intercâmbio cultural", sublinha.
 No nosso País, a UBI é apenas uma das dez instituições 
                                      do Ensino Superior onde a AISEC está presente. "Cada 
                                      comité realiza uma angariação de estudantes, 
                                      mas a selecção dos candidatos é feita a nível 
                                      nacional, com testes de línguas e entrevistas", explica 
                                      Henrique Ferreira. "Na UBI a angariação de estudantes 
                                      tem sido boa", sublinha.
 Existe uma base de dados a nível mundial que compara os perfis 
                                      dos candidatos e das empresas. "Temos contacto directo com 
                                      as empresas da região" refere o responsável. 
                                      Normalmente são multinacionais que têm "outro 
                                      espírito, outra mente". Os estágios são 
                                      remunerados e podem ir de dois meses a ano e meio.
 Com cerca de 70 por cento do curso feito, já é permitido 
                                      um estágio, mas normalmente as empresas dão preferência 
                                      a jovens licenciados. Todos os anos colaboram com a AISEC dez mil 
                                      empresas de todo o mundo. Banco Espírito Santo, Jerónimo 
                                      Martins, Banco Comercial Português e ParaRede, são 
                                      algumas das mais de 60 empresas portuguesas que participam no programa.
 
 
 
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